As boas condições de chuvas e os investimentos feitos na safra passada não foram suficientes para melhorar o rendimento da safra atual.

Conforme o 4º e último levantamento da safra de cana-de-açúcar relativo a safra 2018/2019, divulgado nesta terça-feira (23) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção total de cana da temporada 2018/19 foi de 625,1 milhões de toneladas, representando uma redução de 1,3% em relação à 2017/18, que terminou em 633,26 milhões de toneladas.

Com a estratégia das usinas produzindo o etanol em detrimento ao açúcar, a produção do combustível renovável alcançou 33,58 bilhões de litros, um aumento de 23,3% ou de 6,3 bilhões de litros ante a safra anterior. O volume representa recorde tanto em relação ao etanol total quando ao hidratado – o volume máximo anterior foi de 30,5 bilhões de litros em 2015/16.

Especificamente, a produção de etanol hidratado foi de 22,99 bilhões de litros, 41,5% a mais que no ciclo anterior. Já a quantia fabricada de etanol anidro ficou em 10,59 bilhões, 3,7% a menos que na temporada passada. Já a produção de açúcar, por conta da desvalorização da commodity, ficou em 31,35 milhões de toneladas em 2018/19, montante 17,2% inferior frente a 2017/18.

Por sua vez, a área colhida teve um decréscimo de 1,6% no comparativo entre as duas safras, atingindo 8,58 milhões de hectares na temporada encerrada em 31 de março. A produtividade média fechou praticamente idêntica á safra anterior com 72,8 toneladas por hectare de cana produzida. O mix de produção final ficou em 63,6% da cana colhida destinada à produção de etanol e 36,4% para produção de açúcar.

Em Goiás, as boas condições de chuvas e os investimentos feitos na safra passada não foram suficientes para melhorar o rendimento da safra atual. O rendimento médio em produtividade da cana-de-açúcar apresentou uma diminuição de 1,5% em relação à safra passada, fechando em 76,3 toneladas por hectare. Temperaturas altas e baixa umidade, no início da safra, aceleraram a maturação das lavouras de cana-de-açúcar, diminuindo a produtividade esperada. Dessa forma, com a área em produção se mantendo praticamente estável e a redução da produtividade média, a produção ficou menor se comparada ao mesmo período, chegando a 70.001,4 mil toneladas.

Houve menor direcionamento para o açúcar nas unidades sucroalcooleiras de Goiás. Na safra passada, por exemplo, foram produzidas 2.234,6 mil toneladas de açúcar. Já nessa temporada, estima-se uma produção de 1.755,8 mil toneladas (queda de 21,4%), utilizando-se de 11.916,2 mil toneladas de cana-de-açúcar. Em contrapartida, a estimativa de fabricação de etanol total apresentou crescimento em detrimento ao açúcar, aumentando 16,8% sua produção em relação ao ciclo passado e alcançando assim 5.264.433 mil litros. A produção de anidro praticamente se manteve comparado ao produzido na safra anterior com 1,07 bilhão de litros, já o hidratado teve mais uma produção recorde com 4,2 bilhões de litros (21,8% a mais comparado ao ciclo anterior). A produção do ATR total também cresceu e Goiás produziu 10,83 milhões de toneladas de açúcar total recuperável na safra 18/19. O mix final de produção ficou em 83% da cana colhida destinada à produção de etanol e 17% para produção de açúcar.

Fonte: Conab
Imagens: divulgação
Comunicação Sistema Faeg/Senar

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