A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) contabiliza que o Estado alcançou 98,53% no índice vacinal da 2ª etapa da campanha de vacinação contra a raiva de herbívoros, realizada nos meses de novembro e dezembro de 2023, nos 119 municípios goianos considerados de alto risco para a doença. São cerca de cinco milhões de animais vacinados, de até 12 meses, das espécies bovina, bubalina, equídea (equina, muar, asinina), caprina e ovina.
Considerando cada um dos 119 municípios de forma individual, todos alcançaram índice superior a 92,6%, sendo que 25 desses municípios alcançaram 100% de vacinação no rebanho alvo.
Veja quais municípios atingiram índice máximo de vacinação contra raiva:
- Água Fria de Goiás
- Aporé
- Araçu
- Buritinópolis
- Chapadão do Céu
- Cumari
- Edealina
- Goiandira
- Guarinos
- Itajá
- Itarumã
- Joviânia
- Mambaí
- Mimoso de Goiás
- Nova Aurora
- Padre Bernardo
- Paranaiguara
- Pilar de Goiás
- Pirenópolis
- Pontalina
- Rialma
- São Luiz do Norte
- São Simão
- Vianópolis
- Vicentinópolis
O município de Caiapônia, que tem o maior rebanho dentre os 119 da área de risco, alcançou índice vacinal de 99,09%.
A Agrodefesa aplica multa de R$ 7 por cabeça de animal não-vacinado e o pecuarista inadimplente, além de ser autuado, terá que fazer a vacinação assistida por técnicos da Agência.
“Apesar de o índice geral estar acima dos 90%, chegando a 100% em um número considerável desses municípios onde a obrigatoriedade existe, é importante que aqueles produtores que ainda não fizeram a imunização procurem se regularizar junto à Agrodefesa”, explica o diretor de Defesa Agropecuária, Augusto Amaral.
Por que vacinar gado contra raiva?
A obrigação da vacinação contra a raiva em herbívoros nos 119 municípios de alto risco para a doença está contida na Instrução Normativa 07/2023, emitida em complemento à Portaria nº 483, de 20 de outubro de 2023, que estabelece a vacinação e a declaração de rebanho no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago).
A raiva de herbívoros é uma doença causada por vírus, transmitida pela saliva de animais doentes e afeta todos os mamíferos, inclusive o homem. Os morcegos hematófagos são os principais transmissores. “É importante ressaltar que, além da vacinação, a Agrodefesa investiga suspeitas da doença e faz monitoramento de morcegos hematófagos nas regiões de alto risco para a doença”, enfatiza o gerente de Sanidade Animal, Rafael Vieira.
Ele lembra que, caso encontre animais doentes ou suspeitos, mordidos por morcegos ou ainda saiba da existência de abrigos habitados por morcegos, o produtor deve notificar a Agrodefesa imediatamente, sem entrar em contato com o animal doente, para que um médico veterinário da Agência possa coletar e analisar esse material de forma gratuita.
Quantas cabeças de gado tem em Goiás?
Os números da última campanha também trazem um panorama da pecuária no Estado. Goiás possui hoje, de acordo com os dados do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago), 23.513.403 cabeças de gado, nos 246 municípios goianos, distribuídos em 131.768 propriedades declaradas à Agrodefesa, de acordo com a declaração de rebanho obrigatória à Agência, enviada até 30 de dezembro de 2023.
Fonte: Mais Goiás
Foto: Arquivo Portal Panorama
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