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Governador Ronaldo Caiado diz que só o que for essencial será mantido aberto em locais mais críticos por causa do baixo isolamento...

O governador Ronaldo Caiado (DEM) passou a terça-feira em reuniões em entrevistas deixando bem claro sua intenção com o novo decreto estadual a ser publicado nesta quarta-feira (13) para enfrentar o avanço do novo coronavírus: para fazer o índice de isolamento social voltar a alcançar o patamar de 50% quer manter abertos apenas os serviços considerados realmente essenciais, como hospitais, farmácias, estabelecimentos que comercializem alimentos e as indústrias de transformação de alimentos. “A não ser por aí, o resto todo vai estar impedido por decreto a partir de hoje (quarta-feira, 13) ou de quinta-feira (14)”, disse em entrevista ao portal transmitida ao vivo na conta do jornal no Facebook. A previsão é que o decreto seja publicado entre esta quarta-feira e quinta-feira (14).

O “resto todo”, segundo Caiado deixou claro tanto nesta como em outras entrevistas ao longo do dia, envolve também igrejas – que foram liberadas pelo governador no decreto estadual de 19 de abril contra a vontade dos técnicos do governo e do meio acadêmico consultados – e salões de beleza, barbearias e academias de ginástica, que foram tornados pelo presidente Jair Bolsonaro serviços essenciais. No caso das igrejas, a reunião com líderes religiosos terá uma nova rodada nesta quarta-feira e estes esperam remover do governador a ideia de voltar a proibir eventos, como cultos.

Sobre as igrejas, o governador disse esperar uma compreensão por parte das lideranças do meio para o contexto atual da Covid-19 em Goiás e para a necessidade de fechar por um momento novamente os templos. “Vou levar a eles essa nossa preocupação. Sempre tive por parte deles uma compreensão enorme e um apoio em todas as decisões do governo”, disse na transmissão.

Em relação aos serviços considerados essenciais pelo governo federal, como salões e academias, Caiado foi claro: “Aqui em Goiás, não.”

Caiado destacou que a medida será mais rigorosa nas regiões consideradas mais críticas do Estado e, na mesma entrevista ao portal, citou 30 cidades que terão restrições maiores, entre elas Goiânia, as da região metropolitana, as do Entorno do Distrito Federal e as que margeiam rodovias federais. “Sabemos que as cidades maiores são mais penalizadas, por terem maior fluxo sobre elas, consequentemente maior percentual de contaminação.”

Nas entrevistas, Caiado não deixou claro quais as cidades que na classificação do governo se encaixam como de “maior incidência e maior risco”. “Esta medida terá abrangência nos 246 municípios, só que nós priorizaremos as ações nos 30 municípios que estão com maior incidência e com maior risco de proliferação da contaminação”, afirmou ao portal.

Ao todo, 72 cidades já registraram moradores infectados com Covid-19 e 20 já tiveram pelo menos um morador morto pela doença. Entretanto, o governador tem sinalizado que pretende focar em uma relação de locais avaliados como de maior risco para o novo coronavírus (Sars-CoV-2) se espalhar a ponto de comprometer o sistema público de saúde.

Levantamento feito pela reportagem com os 37 municípios com mais casos confirmados de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) desta terça-feira mostra que 28 se enquadram neste contexto citado pelo governador.

Caiado evidenciou que sua preocupação é fazer com que o índice de isolamento chegue a 50%, percentual considerado mínimo para que o potencial de transmissão do novo coronavírus seja suportável pela rede pública de saúde. Em suas falas, frisou várias vezes o que chama de constrangimento por Goiás figurar entre os piores do País neste indicador. Ele atrelou a permanência das novas restrições ao sucesso no indicador e pede colaboração da sociedade e argumentou que os goianos não seguiram as recomendações do último decreto e o Estado deve sentir nos próximos dias as consequências disso.

Conforme o portal apurou, houve defesa para que Caiado optasse por reforçar a fiscalização e as punições para quem não cumprisse o decreto de 19 de abril, considerado um bom modelo tanto por técnicos do governo como por pesquisadores.

Fonte: O Popular
Jornalismo Portal Panorama
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