Renault Duster 2026 estreia versão híbrida bicombustível com 1.500 km de autonomia e tração 4×4 inédita

A Renault apresentou na Europa o novo Duster 2026, que estreia uma configuração inédita de motorização híbrida bicombustível. Batizado de Hybrid-G 150 4×4, o conjunto combina motor 1.2 turbo de três cilindros a um sistema elétrico de 48 V, câmbio de dupla embreagem de seis marchas e tração integral, garantindo autonomia de até 1.500 km por abastecimento.
A inovação, que também será oferecida no SUV maior Bigster, promete redução de até 30% nos custos por quilômetro rodado frente às versões convencionais a gasolina.
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Novo trem de força híbrido
A base mecânica do Hybrid-G 150 4×4 parte de um motor 1.2 turbo apoiado por sistema híbrido leve. Na traseira, um motor elétrico de 31 cv, acoplado a uma caixa de duas velocidades, garante a tração 4×4 quando necessária. Esse componente se desacopla em situações de baixa demanda para reduzir perdas mecânicas e favorecer o consumo.
Em uso urbano, a Renault declara que o SUV pode rodar até 60% do tempo em modo elétrico. A bateria, de 0,84 kWh, é recarregada por regeneração nas desacelerações.
Bicombustível e autonomia de 1.500 km
O novo Duster 2026 conta com dois tanques de 50 litros cada, um para gasolina e outro para GLP (LPG). Essa estratégia bivalente permite alternar o combustível conforme preço e disponibilidade, garantindo a impressionante autonomia de 1.500 km no ciclo WLTP.
Câmbio de dupla embreagem e modos de condução
Pela primeira vez, um modelo da Dacia/Renault recebe transmissão DCT de seis marchas com aletas no volante, oferecendo trocas manuais e respostas mais rápidas em estrada.
A tração integral é gerenciada por um seletor com cinco modos de condução: Auto, Eco, Neve, Lama/Areia e Off-road. O SUV ainda oferece controle de descida para manter a vocação fora de estrada.
Estreia em dois SUVs
A novidade chega à Europa em 2025 tanto no Duster quanto no Bigster, ambos desenvolvidos sobre a plataforma CMF-B. A terceira geração do Duster, apresentada em 2023, trouxe visual mais anguloso, interior atualizado e maior conteúdo tecnológico, disponível em versões Essential, Expression, Journey e Extreme.
Situação no Brasil
Enquanto isso, o mercado brasileiro segue com a segunda geração do Duster, que recebeu em 2024 a linha 2026 com ajustes nos motores. O 1.3 TCe turbo-flex passou a entregar 163 cv com etanol, enquanto o 1.6 SCe aspirado manteve desempenho modesto, mas com ganhos em consumo homologado.
A estreia da terceira geração por aqui ainda não tem data confirmada. Especialistas apontam que a Renault pode substituir o Duster nacional por um novo SUV, conhecido como projeto Boreal, já em desenvolvimento no país e baseado na plataforma CMF-B, a mesma utilizada pelo Kardian.
Com flagras recentes de protótipos circulando em testes no Brasil, cresce a expectativa de que a marca amplie seu portfólio regional com SUVs mais modernos e alinhados ao que será oferecido na Europa.
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