21 de novembro de 2024

Foto: Reprodução

Em Jataí, localizada no Sudoeste goiano, professor Reny Felix de Assis Filho aposta no ambiente acolhedor para motivar seus estudantes que estão em turmas para reduzir a distorção de aprendizagem.

Em uma sociedade contemporânea, dedicada à tecnologia e focada em dados, muito se discute sobre a queda no aprendizado e a falta de engajamento dos estudantes. No entanto, durante o mês dos professores, docentes apontam um fator essencial para envolver suas turmas: o afeto.

A construção de uma relação de confiança entre educadores e alunos tem sido reconhecida como um pilar para o sucesso escolar há séculos, cujas ideias influenciaram pedagogos dos séculos XIX e XX no movimento da Escola Nova. No Brasil, Paulo Freire reforçou essa ideia ao afirmar que um gesto aparentemente insignificante pode “valer como força formadora”.

Em Jataí, localizada no Sudoeste goiano, o professor Reny Felix de Assis Filho, de 33 anos, que leciona na Escola Estadual Professora Thais Santos Neves Carvalho, aposta na estratégia de criar um ambiente acolhedor, focando na motivação, para engajar seus alunos das turmas do projeto Aprender para Avançar (APA). “É fundamental mostrar que, mesmo quando eles dizem que não conseguem, as dificuldades podem ser superadas. Também procuro garantir que os estudantes se sintam confortáveis para tirar suas dúvidas, sabendo que não serão criticados ou zoados pelos colegas,” explica.

No APA, que visa reduzir a distorção idade/ano, ele destaca a importância de investir na motivação dos alunos. Em Goiás, essa iniciativa é apoiada pela coleção Aprender, voltada para a correção de fluxo escolar, elaborada pelo Grupo Eureka, que também promoveu formações continuadas para os professores, a pedido da Secretaria de Estado da Educação.

Respeito às individualidades

A especialista em educação do Grupo Eureka, doutora em Políticas Públicas de Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Cintia Bianchi, explica que a relação professor-aluno, baseada no afeto e na confiança, cria um ambiente pedagógico que valoriza a individualidade do estudante. “Essa interação, além de humanizar o processo educativo, favorece a inclusão e a construção colaborativa de saberes, rompendo com modelos hierárquicos e tornando a aprendizagem mais significativa e emancipatória”, considera.

Parceiro de redes públicas de ensino em mais de 30 municípios e estados brasileiros, o Grupo Eureka, segundo Cintia, considera o professor como o principal protagonista do processo educativo. Ela explica que o conteúdo editorial é elaborado a partir da escuta ativa dos docentes, realizada durante as formações continuadas, garantindo que as necessidades reais das salas de aula sejam atendidas. “Nosso trabalho só faz sentido quando ouvimos quem está na linha de frente da educação: os professores. É a partir de suas experiências e desafios que construímos soluções educacionais que realmente impactam a aprendizagem”, explica a especialista.

Um dos recursos nesse contexto é o Ambiente de Aprendizagem Virtual, chamado Eureka Digital, que colabora com estudantes, professores e gestores escolares para a melhoria da qualidade da educação, agregando conteúdos, ferramentas e interatividade.

Por Iris Bertoncini
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Pn7

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