Foto: Vânia Santana

Entre as mudanças, o setor de serviço receberá uma carga maior de impostos, o que impacta no valor final.

Aprovada pelo Senado na última quarta-feira (08), a reforma tributária tem sido motivo de preocupação devido aos impactos que pode gerar no bolso do consumidor, sobretudo no setor de serviços. Entre os pontos de maior atenção, especialistas indicam que a taxa de condomínio pode pesar.

Em termos simples, a reforma unifica tributos sobre o consumo, o que proporciona diversas mudanças para os consumidores. Vale destacar que a proposta segue para análise na Câmara dos Deputados devido às várias alterações e ainda não oferece base concreta para prever os efeitos na prática com precisão.

“Não sabemos qual vai ser a alíquota e essa falta de base dificulta prever o real impacto ao consumidor”, afirmou o consultor tributário, Marcos Nunes.

Porém, alguns pontos já são claros – e preocupantes -, como o aumento dos impostos sobre serviços de profissões regulamentadas, como engenheiros, auditores e advogados, apontou o especialista.

Isso porque enquanto diversos segmentos tiveram tratamento especial e receberam alíquota menor do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), o setor de serviços ‘puxou o palito menor’ por conta de uma particularidade inerente.

O maior gasto do setor é com os salários dos funcionários, então, não foi beneficiado pela dedução dos tributos de etapas anteriores na cadeia de produção, que acabaria por compensar no valor final – uma das maiores mudanças da reforma.

Diante disso, além das profissões citadas pelo consultor tributário, o IVA deve, também, afetar as empresas de segurança, vigilância e limpeza, o que eleva os custos de condomínios, segundo a Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse).

O Governo Federal destacou que a elevação média do imposto deve ser de 25%, o que pode refletir em um aumento de 2,10% a 6,50% nos condomínios, segundo o diretor técnico da Cebrasse, Jorge Segeti.

Compensação

Apesar dos aumentos, Marcos Nunes aponta que os preços de outros segmentos devem diminuir, criando-se uma espécie de ponto de equilíbrio. Contudo, tal compensação seria focada em produtos essenciais, como cestas básicas, e no cashback para famílias de baixa renda.

Já produtos considerados supérfluos, de alto valor, exemplificadas pelo especialista com bolsas de grife, podem ficar ainda mais caros.

Foto: Vânia Santana –  Portal Panorama
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