Diante da pandemia causada pelo covid-19, o estado de Goiás foi um dos primeiros a se mobilizar para conter o adoecimento da população e uma consequente sobrecarga dos serviços de saúde. As medidas, consideradas por muitos excessivamente enérgicas, tem gerado números positivos para o estado, que atualmente é o segundo em menor velocidade de contaminação – para os especialistas, o isolamento social precoce é o fator preponderante para tal.
Em meio aos governantes e a sociedade em geral o que se pode perceber é uma forte divergência em relação o que deve ou não ser feito, ao contrário do que vê-se entre cientistas e profissionais de saúde. Às vésperas de completar um mês do primeiro decreto de isolamento editado pelo Governo do estado de Goiás o que se vê nas ruas é o descuido de muitos com os cuidados sanitários básicos indicados.
Em Jataí os comerciantes que não podem abrir as portas estão bastante preocupados com o impacto econômico da redução ou mesmo paralisação das atividades e questionam as medidas tomadas pelo poder público, uma vez que estabelecimentos como os da rede bancária estão em funcionamento e o que se tem visto são grandes aglomerações e pouquíssimos cuidados preventivos nesses espaços.
A Associação Comercial e Industrial de Jataí (ACIJ) tem atuado frente ao poder público na busca de soluções para a situação. Nesta segunda-feira, dia 13 de abril, o comércio em geral foi liberado para televendas, vendas online e entregas, não havendo mais a liberação apenas aos serviços considerados essenciais.
Atividades específicas, como as da área de práticas físicas, como academias e centros de esportes, continuam proibidas de abrir, o que tem levado à questionamentos por parte dos empresários. Para muitos o comportamento da população ao se manter realizando atividades físicas em parques cheios seria mais arriscado do que a prática nos ambientes das academias seguindo as orientações sanitárias adequadas.
As controvérsias são muitas e não há ainda perspectivas de resolução para a pandemia a curto prazo. Os especialistas acreditam que o maior risco de explosão das contaminações se dará se as medidas restritivas forem flexibilizadas, pois é devido a elas que se tem a percepção falha de que o risco está menor. Outrossim, a crise econômica, inevitável nesse momento, afeta pessoas no mundo todo e leva tanto pânico quanto o adoecimento e as mortes.
Por Estael Lima
Foto capa: Grupos de WhatsApp
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