No passado, era possível reduzir a quilômetragem andando em marcha a ré. Hoje, os métodos dos enganadores é mais sofisticado...

Os hodômetros mecânicos mais antigos podem ser acionados no sentido inverso e, com isso, reduzir a quilometragem indicada. Mas alguns modelos mecânicos modernos têm um dispositivo que não só não reduz como aumenta a quilometragem indicada.

Os contadores analógicos funcionam por meio de cabo de aço, numa extremidade ligada geralmente a uma saída na caixa de transmissão, no Fusca, era conectado à roda dianteira esquerda. Na outra extremidade, o cabo é conectado a um conjunto de engrenagens calibradas de modo que cada número de voltas mude um dígito no mostrador. A cada dez mudanças desse dígito, ele volta a zero e o segundo dígito avança um número, e assim por diante.

Já os hodômetros eletrônicos são mais difíceis de serem fraudados, contabilizando corretamente a quilometragem feita em marcha a ré. Eles usam uma roda dentada, ou com “janelas”, e um sensor magnético, que conta os pulsos conforme a passagem pela roda dentada. Nesse sistema não há cabo de acionamento, mas um único fio que liga o motor ao painel de instrumentos.

A unidade de controle do motor conta os pulsos e monitora a distância percorrida pelo carro. Assim, se alguém conseguir voltar o hodômetro no painel, o mesmo não acontecerá com a unidade de controle do motor. Por isso as concessionárias podem acessar o sistema e informar a real quilometragem do veículo.

Os dados da central eletrônica costumam ser invioláveis ou indicam quando houve alguma alteração. Mas hoje já existem aparelhos clandestinos que conseguem alterar apenas os dados apresentados no painel de instrumentos.

Para saber se um veículo com hodômetro digital foi adulterado dessa forma, é preciso levar o carro até uma autorizada devidamente equipada com scanners oficiais, aparelhos de diagnóstico mais simples, como os que funcionam através de aplicativos, não são capazes de dizer se houve violação dos dados.

Fonte: Quatro Rodas
Jornalismo Portal Panorama

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