As perspectivas para a safra de soja e milho no Brasil sofrem novo ajuste, conforme análises detalhadas conduzidas pela Biond Agro. De acordo com o levantamento, a safra de soja é estimada agora em 152,6 milhões de toneladas, em comparação com os 153,2 milhões previstos anteriormente. Esta redução reflete os desafios enfrentados em diversas regiões do país, onde o clima adverso tem impactado negativamente as áreas de plantio precoce e os cultivos realizados entre setembro e outubro.
Quanto ao milho, a primeira projeção da Biond Agro para a safra brasileira aponta uma produção de 118 milhões de toneladas, em contraste com as quase 132 milhões de toneladas colhidas na safra anterior (22/23), conforme estipulado pela Conab.
Felipe Jordy, coordenador de inteligência e consultoria da Biond Agro, comentou: “As projeções continuam a apontar para uma redução do potencial produtivo do Brasil, tanto para soja como para o milho. Após percorrermos mais de 2.500km no Estado do Mato Grosso e vermos de perto a realidade das lavouras, nós, da Biond Agro, fizemos nosso quarto corte produtivo para acompanhar a piora nos cenários de desenvolvimento das lavouras”.
Comparando as safras, a distribuição das chuvas e as temperaturas mais amenas favoreceram a safra 22/23, enquanto a atual safra enfrenta desafios hídricos, especialmente na região sul do Brasil e na Argentina, afetando as projeções de produção.
A situação atual levanta questões sobre os preços, que são influenciados pela oferta e demanda global. Apesar da quebra produtiva no Brasil, os preços permanecem pressionados devido à recuperação da Argentina, que contribui para um cenário mais favorável na oferta do complexo soja.
Por Aline Merladete
Foto: Arquivo Portal Panorama
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