
Uma das acomodações da pousada de Pirenópolis (Foto: Divulgação/Grupo Villa Hotéis)
Uma professora de 39 anos caiu em um golpe ao tentar reservar uma diária em uma pousada de luxo de Pirenópolis e perdeu R$ 710. Ela buscou o nome da pousada em uma rede social e encontrou um perfil com mais de 6 mil seguidores, se passando pelo estabelecimento. Ela foi redirecionada para uma conversa pelo WhatsApp, onde recebeu informações sobre as acomodações, fotos, valores e até cardápio.
Ao aceitar fechar a falsa reserva de uma diária no local, ela foi informada que deveria pagar 50% do valor adiantado. Ao portal, a professora de Educação Física contou que resolveu pagar os R$ 710 à vista e recebeu uma chave PIX de e-mail com o nome da pousada. Até então, ela não havia suspeitado do golpe.
Após o pagamento, ela recebeu uma proposta de mais uma diária com valor menor, quando suspeitou do golpe. A professora resolveu procurar o perfil que tinha encontrado no Instagram e não o encontrou, percebendo que havia sido bloqueada naquela rede social. Ela retornou para a conversa de WhatsApp e informou o ocorrido, quando foi bloqueada novamente.
Ela registrou um Boletim de Ocorrência na cidade em que mora, que preferiu não divulgar por medo de perseguição dos criminosos. Segundo a professora, a polícia identificou o suspeito, um homem de 19 anos.
Frustração
O motivo da reserva era a comemoração da defesa de sua dissertação de mestrado. Ela está concluindo a pós-graduação na Universidade Estadual de Goiás (UEG) em Anápolis e iria para a pousada no mesmo dia. “Deu tudo errado, não quero nem comemorar mais”, lamenta.
O gerente da pousada, Aleandro Neres, de 36 anos, disse que os golpes envolvendo a empresa têm sido frequentes. Segundo ele, o grupo responsável pela pousada entrou com uma ação no Ministério Público pedindo a apuração dos golpes. “O lesado não é só quem está comprando, mas a pousada também, que deixa de vender”, disse.
Neres suspeita que os golpistas compram contas com milhares de seguidores no Instagram para forjar a identidade falsa. “Os perfis dele são fake e normalmente eles derrubam algum deles, daí a pouco constroem outro. Eu acredito que eles compram, porque já aparece com 2 mil seguidores, o máximo que eu já vi aqui foi 4 mil seguidores”. O perfil oficial do grupo de hotéis tem 191 mil seguidores.
O gerente também explicou que a empresa não realiza cobranças de nenhum tipo por meio do Whatsapp e que as reservas são confirmadas por e-mail. “A gente encaminha pra central de reserva, a partir daí tudo é via e-mail”, explica. Aleandro também lamenta a frustração dos clientes. “Tem gente que anda 300, 400 quilômetros para chegar aqui e descobrir que caiu em um golpe. É muito triste isso, é lamentável”, disse.

Fonte: O Popular
Foto: Divulgação/Grupo Villa Hotéis
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