O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial, acelerou em outubro e variou 0,58%. No mês anterior, havia avançado apenas 0,09%.
Dados divulgados nesta terça feira, (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que é o maior resultado para o mês desde 2015, quando registrou alta de 0,66%.
O resultado veio dentro das expectativas dos economistas consultados pelo portal, que esperavam alta de 0,6%, na média.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,83%. Já nos últimos 12 meses, ficou em 4,53%, acima dos 4,28% registrados no período imediatamente anterior.
Alimentação e Transportes Puxam
No mês, alimentação e bebidas (0,44%) e transportes (1,65%) apresentaram forte aceleração e foram os principais responsáveis pela alta mensal. Os 2 grupos respondem por cerca de 70% do IPCA-15 do mês, explica o IBGE.
Após queda de 0,41% em setembro, o preço dos alimentos voltou a subir neste mês puxado, principalmente, pela alimentação no domicílio, que subiu 0,52%. A alimentação fora de casa também acelerou de setembro (0,12%) para outubro (0,30%).
O resultado foi influenciado pela alta nos preços de itens como: tomate (16,76%), frutas (1,90%) e carnes (0,98%). Por outro lado, caíram: cebola (-8,48%), leite longa vida (-4,10%) e ovos (-2,26%).
Em transportes, a alta foi puxada pelos combustíveis, que subiram 4,74% em outubro, contra queda de 0,19% no mês anterior. A gasolina avançou 4,57%, o etanol 6,02%, e o diesel, 5,71%.
Outra alta relevante veio de saúde e cuidados pessoais, que avançou 0,66%. Destacaram-se higiene pessoal (1,50%) e plano de saúde (0,75%). “Este último reflete a apropriação da fração mensal dos reajustes a serem aplicados nos planos individuais antigos – aqueles com contratos vigentes anteriores a 1999”, explica o IBGE.
Eis a variação por grupo:
- alimentação e bebidas: 0,44%;
- habitação: 0,15%;
- artigos de residência: 0,49%;
- vestuário: 0,28%;
- transportes: 1,65%;
- saúde e cuidados pessoais: 0,66%;
- despesas pessoais: 0,22%;
- educação: 0,21%;
- comunicação: 0,01%.
Entenda o IPCA-15
O índice do IBGE, considerado uma prévia da inflação, toma como base a coleta de preços entre o dia 16 de 1 mês e o dia 15 do mês seguinte. A comparação é feita com os 30 dias imediatamente anteriores.
São consultadas famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e o levantamento abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. Na prática, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Fonte: Poder 360
Foto Capa: Vânia Santana
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