
A Polícia Civil de Goiás apura se dois homens detidos em São Paulo têm relação com a quadrilha que, fortemente armada, explodiu dois carros-fortes e matou três seguranças na BR-153, entre Morrinhos e Goiatuba, no sul de Goiás. O motivo da suspeita é que a dupla, ao ser presa, portava máscaras, munição, explosivos, metralhadores e fuzis, equipamentos semelhantes aos usados durante a ação no sul goiano.
De acordo com a polícia, o titular do Grupo Antirroubo a Banco da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), Alex Nicolau Nascimento Vasconcelos, viaja a São Paulo nesta quarta-feira (3) para interrogar os homens detidos. Os policiais suspeitam que a quadrilha seja composta por oito a dez pessoas.
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O crime ocorreu na tarde de segunda-feira (1º). A quadrilha utilizou dois caminhões para bloquear a rodovia e fazer com que os carros-fortes parassem na BR-153. Dois dos três veículos foram explodidos.
O delegado informou que a quadrilha portava metralhadoras calibre .50 e fuzis calibre 556 e 762, de uso restrito do Exército. “Essas armas são de guerra, daria para furar um tanque de guerra. Eu não sei manusear. Então, são pessoas bem definidas, especializadas neste tipo de crime”, disse o delegado em entrevista coletiva.
Em contrapartida, os doze seguranças da empresa especializada em transporte de valores estavam armados com revólver calibre 38, espingarda calibre 12 e carabina de calibre 38. “É uma luta completamente desigual”, ressaltou o delegado.
Além dos três funcionários mortos, outros nove foram rendidos pelos criminosos, mas foram libertados depois da ação, sem ferimentos. A violência do ato surpreendeu até mesmo a polícia. “Modus operandi ousado, peculiar, a gente não sabe o motivo que os levaram a tamanha agressividade”, conta o delegado. Por enquanto, nenhuma linha de investigação está descartada.
Fonte: G1 / Foto: Grupo WhatsApp