A polícia acredita que o bebê foi abusado sexualmente pelo tio, de 21 anos, que foi preso em flagrante. Além dele, os pais da menina também foram presos.

Uma menina de 1 ano morreu em consequência de suposto estupro na quarta-feira (3), no Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) do Setor Jardim Curitiba, em Goiânia. A polícia acredita que o bebê foi abusado sexualmente pelo tio, de 21 anos, que foi preso em flagrante. Além dele, os pais da menina também foram presos.

A médica que atendeu o bebê preferiu não ser identificada. Ela acredita que o abuso pode ter sido a causa da morte da menina. “Ela estava com lesão anal importante, uma laceração vaginal. Pela avaliação dessas lesões a gente acredita que tenha alguma relação com o óbito”, afirma. Ainda de acordo com a médica, o bebê tinha cicatrizes e, por isso, a profissional suspeita que ela já tinha sido vítima de violência sexual em outras ocasiões.

Ao constatarem as lesões, os funcionários da unidade acionaram a Polícia Militar. O casal foi preso e encaminhado ao 22º Distrito Policial, no Jardim Curitiba II. O corpo do bebê foi levado ao Instituto Médico Legal (IML).

Ameaça
Na delegacia, a mãe da vítima afirmou à reportagem que descobriu os abusos um dia antes da morte da menina, mas não denunciou porque foi ameaçada pelo cunhado.  “Ele ficava me ameaçando, disse que ia matar todo mundo, mas não dizia o motivo”, afirmou a dona de casa de 18 anos.

Ao delegado responsável pelo caso, Dakir Specht, a mulher, inicialmente, apresentou outra versão e negou que soubesse do estupro. No entanto, ela confessou a autoria posteriormente.

“Lá no Cais ela informou que quem havia feito isso com a filha teria sido alguns primos No entanto ao chegar à delegacia ela alterava o depoimento dela o tempo inteiro. A gente indagou que as lesões dela [criança] eram muito visíveis, muito graves, que no momento que ela dava banho na criança não havia como ela não ter percebido, aí ela acabou dizendo que foi o cunhado que havia feito isso”, conta o delegado.

O pai da menina, de 25 anos, disse que se mudou para a casa do irmão com a mulher e a filha há pouco mais de um mês porque está desempregado e nunca soube dos abusos. Ele afirmou também que nunca desconfiou do irmão. “Ela veio me contar aqui dentro, ela tinha que me ter falado era em casa, a gente tinha que ter denunciado, feito alguma coisa”, disse.

Segundo a Polícia Civil, os suspeitos foram autuados por estupro e homicídio. A investigação deverá ser realizada pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA).

Fonte: G1 / Foto: Reprodução TV Anhanguera

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