Quem tem um carro emplacado atualmente não será mais obrigado a trocar suas placas pelo novo modelo “Padrão Mercosul”. Este novo modelo de placas unifica a identificação de veículos no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A resolução 729 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) está sendo revista; pelo texto original, ela obrigava a troca de placas de todos os carros no país até o final de 2023.
A afirmação foi feita pelo presidente do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), Maurício Pereira, em audiência da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, realizada na quarta-feira (25).
Placa nova só em carro novo ou transferido
A nova resolução, que deverá ser discutida pelo Contran no dia 10 de maio, tornará a nova placa obrigatória apenas nas transferências de veículos usados e na compra de carros novos.
A nova placa terá itens de segurança que permitirão a rastreabilidade dos carros: QR code e chip impedirão também a clonagem.
João Paulo de Souza, da ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres), explicou que a nova placa vai permitir uma maior efetividade do chamado “canal verde”, que é um sistema que permite o controle de pessoas e cargas por meio de postos com antenas de rádio frequência. A medida melhora a fiscalização, evitando a parada dos caminhões, por exemplo.
A placa terá o mesmo desenho em todos os países do Mercosul com quatro letras e três números em fundo branco. No Brasil, selos identificarão o estado e o município. Por enquanto apenas Uruguai (desde março de 2015) e Argentina (abril de 2016) adotaram o novo sistema de identificação.
Como será
Todas possuirão fundo branco e sete caracteres, tendo quatro letras e três números. Na tarja superior azul constarão a bandeira e o nome do respectivo país.
Os números e letras poderão ser dispostos de maneira aleatória. Na Argentina, por exemplo, adotou-se um padrão “LL NNN LL” (sendo L para letras e N para números), a fim de se evitar formação de palavras. No caso do Brasil o padrão inicial será “LLL NL NN” para carros e “LLL NN LN” para motos. O último dígito provavelmente continuará a ser sempre um número, devido à aplicação do rodízio veicular na cidade de São Paulo (SP).
Diferentemente do que ocorre com nossas placas atuais, que sofrem alterações na pintura de fundo, as novas diferenciarão o tipo de veículo pela cor dos dígitos de identificação.
Fonte: UOL
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