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Quarta fase de estudo sobre Covid-19 tem como enfoque conhecer o impacto da flexibilização das medidas restritivas no país...

O estudo ICPCovid Brasil é liderado pela bióloga epidemiologista, Dra. Edlaine Faria de Moura Villela, Professora da Universidade Federal de Jataí/Goiás e é realizado a partir de um consórcio internacional formado por 20 países já deu início à quarta fase da pesquisa que estuda o comportamento e as condições de vida da população durante os períodos de distanciamento social para conter a disseminação do novo coronavírus. O International Citizen Project Covid-19 (ICPCovid) é liderado pelo Prof. Dr. Robert Colebunders, da Universidade de Antuérpia, na Bélgica.

Conheça alguns resultados preliminares

As fases anteriores da pesquisa já somaram mais de 30.000 questionários respondidos online e trazem uma perspectiva bastante interessante sobre o impacto do distanciamento social na vida dos brasileiros. “Tivemos a participação de pessoas de todos os estados brasileiros. Observamos que estados com menos participantes na primeira fase marcaram presença na segunda fase e na terceira fase, como é o caso do estado de Goiás”, afirma a professora Edlaine.

“A partir da terceira fase, começamos a investigar pessoas diagnosticadas com Covid-19. Descobrimos que 32% dos participantes apresentaram sintomas gripais na primeira quinzena de maio. Pelo menos 7,1% tiveram contato com um caso confirmado. Do total de participantes, apenas 143 foram testados para o COVID-19 e 12,6% deram positivo. Dos casos confirmados, apenas 19,8% foram colocados em quarentena”, relatou a professora.

O estudo tem mostrado que o isolamento tem sido respeitado pela maioria, pois mais de 50% passaram a trabalhar em casa diante da pandemia, o que pode ter contribuído para atrasar o pico da pandemia no Brasil. 10% relataram que mudaram de residência por conta da pandemia. 57% relatam não ter tido nenhum contato com pessoas fora de casa há mais de uma semana. Em relação às medidas preventivas individuais, a que mais chama atenção diante de uma comparação entre as fases do estudo é o uso da máscara facial: no início de abril, 45,5% não utilizavam, no final de abril 10% e após a primeira quinzena de maio, apenas 3% afirmaram não utilizar.

“Um resultado que chamou nossa atenção é que pessoas 26% consideram que sua saúde mental tem sido afetada negativamente. Nesse contexto, 32% já apresentavam comorbidades antes da pandemia começar e 11% dos participantes foram diagnosticados com uma comorbidade no mês de maio. As principais enfermidades relatadas foram hipertensão, diabetes e asma. As pessoas apresentaram maior preocupação com a própria saúde no final do mês de abril, no entanto observamos uma queda na terceira fase, que ocorreu entre 15 e 20 de maio”, destacou a coordenadora do estudo.

Ademais, está sendo feito um estudo global sobre o impacto da pandemia no cotidiano de pessoas que vivem com HIV/AIDS e de pessoas com epilepsia.

Seguem os links para participação dos grupos específicos:

Epilepsia: https://www.icpcovid.com/pt-br/covid-19-e-pessoas-com-epilepsia

HIV – https://www.icpcovid.com/pt-br/covid-19-e-pessoas-que-vivem-com-hiv

A quarta fase do estudo teve início no dia 06 de junho. O questionário é simples e rápido, e apresenta questões importantes para conhecermos o impacto da flexibilização do distanciamento físico. Todos podem participar, independente de terem participado ou não da primeira fase. Para preencher o questionário, basta acessar o link: https://www.icpcovid.com/pt-br/country/brasil

 

Por Estael Lima
Foto capa: Panorama 
Jornalismo Portal Panorama
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