O líder de uma seita religiosa foi preso nesta sexta-feira (4) suspeito de estuprar três meninas, entre 7 e 13 anos, durante rituais em Caiapônia, no sudoeste de Goiás. De acordo com as investigações, elas eram levadas pela a avó para serem violentadas com a promessa de enriquecimento. A mulher também foi presa durante a operação, denominada Anjos da Guarda 2.
O delegado acredita que se tratavam de rituais de magia negra. “Esse líder, de 42 anos, diz que não era ele quem cometia os abusos, e sim a entidade que ele incorporava”, explicou. Segundo as investigações, os crimes aconteciam há cerca de 5 meses.
A avó das crianças, de 49 anos, tinha um relacionamento extraconjugal com o líder da seita. Os crimes aconteciam em um acampamento na zona rural da cidade. Nas barracas foram encontrados diversos símbolos religiosos e roupas que seriam usadas nos rituais. Vários documentos também foram apreendidos.
“Esses estupros eram relatados em diários, que foram aprendidos. Eram os mais variados tipos de relação sexual, que eram tratados como sacrifícios”, disse o delegado.
No diário, o homem relatava os abusos contra as três vítimas. “Com [nome da menor] teve até penetração com consenso e também com pênis. […] Teve o mesmo acontecimento com a [nome de outra menor] toques com o dedo nas partes internas dela. Muitas vezes também. Só parou quando ela começou a sentir dores”, escreveu.
O caso foi descoberto após as mães das meninas desconfiarem da mudança de comportamento das filhas e da insistência da avó delas em ficar com elas em casa. “As próprias vítimas relataram que eram levadas para o barracão onde eram obrigadas a manter relação sexual com esse líder religioso. Elas também eram ameaçadas pela avó”, contou.
Os dois vão responder por estúpro de vulnerável. Ao ser presa, a avó confirmou o caso à polícia. “O líder disse que não era ele e até agradeceu que a polícia por tê-lo prendido, porque senão a entidade poderia ter feito até alguma coisa pior”, completou o delegado. Agora, a polícia tenta identificar se há envolvimento de outras pessoas e até outras vítimas.
Fonte: G1
Foto Capa: Divulgação
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