Nova diretriz brasileira classifica pressão 12 por 8 como pré-hipertensão

Nova diretriz brasileira classifica pressão 12 por 8 como pré-hipertensão

A partir desta quinta-feira (18/9), pessoas com pressão arterial em 12 por 8 devem ser classificadas como em pré-hipertensão, conforme a nova Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025. A atualização, que passa a orientar profissionais de saúde em todo o país, acompanha um consenso internacional divulgado em 2024 e tem como objetivo identificar precocemente indivíduos em risco, estimulando mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, até o uso de medicamentos.

O documento foi elaborado em conjunto pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). Segundo o texto, a pré-hipertensão abrange valores de pressão arterial sistólica entre 120-139 mmHg e diastólica entre 80-89 mmHg medidos em consultório. A intenção é incentivar intervenções preventivas e não medicamentosas para evitar a evolução do quadro.

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A diretriz também redefine a meta de controle para pacientes já diagnosticados com hipertensão. Antes, a recomendação era manter a pressão abaixo de 14 por 9 (140/90 mmHg). Agora, o limite foi reduzido para 13 por 8 (130/80 mmHg), sem distinção de idade, sexo ou presença de outras doenças.

O que é hipertensão?

A pressão alta ocorre quando a força do sangue contra as paredes das artérias é excessiva. A medicina considera que há hipertensão quando os valores ultrapassam 14 por 9. Embora sintomas como tontura, dor de cabeça e falta de ar possam ocorrer, a doença é muitas vezes silenciosa e só descoberta em estágios graves.

Sem cura na maioria dos casos, a hipertensão pode ser controlada com medicamentos e a adoção de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, prática de atividades físicas e redução do consumo de sal.

De acordo com as entidades médicas responsáveis pela atualização, a mudança busca reduzir a incidência de complicações cardiovasculares graves, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal, ao atuar precocemente no acompanhamento dos pacientes.

Por Victor Santana Costa
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Pn7

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Víctor Santana Costa

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