A menina de 13 anos que foi estuprada por um homem de 24, que teve o pedido de aborto legal negado pela justiça goiana, dará início início no processo de internação nesta segunda-feira, 29, no Hospital Estadual da Mulher (HEMU).
Depois do caso ter tomado proporção nacional pela insistência de ativistas que promovem ações em prol da vida de crianças e mulheres, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a realização do aborto legal que afirma o caso de “presunção absoluta de violência”.
Religiosos ligados à Igreja Católica da Diocese de Anápolis, pretendem acampar hoje em frente ao HEMU para impedir qualquer avanço médico em relação ao caso. O padre Luiz Carlos, vice-presidente da Associação Pró-Vida de Anápolis, negou ao Jornal Opção que haverá protestos. No entanto, fontes ligadas a menina de 13 anos — não iremos identificar por motivos de segurança — afirmam que as articulações do grupo religioso estão previstas para acontecer nesta tarde.
O padre Luiz Carlos teve os bens bloqueados pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) por impedir a retirada de um feto sem chances em 2005 autorizado pela justiça. A Associação Pró-Vida de Anápolis organiza protestos contra abortos previstos por lei através das redes sociais, como Instagram e Telegram. Veja abaixo postagens do grupo no Telegram.
O pai da menina de 13 anos desde sempre se posiciona contra a realização do aborto do feto. O pai é próximo do estuprador de 24 anos e está apoiado por advogados e o movimento religioso Pró-vida já citado. Segundo fontes com identidades protegidas, articulações que vão contra a vida da menina de 13 anos ameaçam levá-la para uma chácara na intenção de impedi-la a realizar o procedimento.
A Polícia Civil concluiu na última quinta, 25, o inquérito do caso. Segundo a delegada Gabriela Moura, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Aparecida de Goiânia, o criminoso de 24 anos foi indiciado por estupro de vulnerável.
Por Gustavo Soares
Foto: Ana Cléia Souza – IGH
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