MPGO obtém condenação, a 29 anos de prisão, de padrasto que matou bebê por espancamento

Foto: MPGO

De acordo com a denúncia, o crime ocorreu por volta das 16 horas do dia 31 de agosto de 2020, na casa em que Wisley morava com a mãe da criança.

Denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), por intermédio da 7ª Promotoria de Justiça de Rio Verde, Wisley Serafim dos Santos foi condenado pela 1ª Vara Criminal da comarca a 29 anos e 8 meses de reclusão e a 1 ano de detenção e pagamento de 108 dias-multa. Ele foi julgado pelo homicídio de seu enteado, o bebê Davi Lucas Alves, sendo sentenciado a 25 anos de reclusão pelo assassinato, em regime fechado; 1 ano de detenção por fraude processual, e a 4 anos e 8 meses de reclusão no regime semiaberto por tortura.

O promotor de Justiça Paulo de Tharso Brondi de Paula Rodrigues representou o MPGO na sessão do Tribunal do Júri, que foi presidida pelo juiz Ronny André Wachtel, no dia 5 de maio.

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Wilsey Serafim dos Santos foi denunciado pelo homicídio qualificado – artigo 121, parágrafos 2°, incisos II (motivo fútil), III (meio cruel) e IV (recurso que dificultou a defesa), e 4º, parte final (aumento de pena) –, e nas penalidades previstas nos artigos 347, parágrafo único (fraude processual penal), do Código Penal, e 1º, II (tortura-castigo), e parágrafo 4º, II (aumento de pena), da Lei nº 9.455/97.

De acordo com a denúncia, o crime ocorreu por volta das 16 horas do dia 31 de agosto de 2020, na casa em que Wisley morava com a mãe da criança. Ele desferiu várias pancadas na vítima, de 1 ano e 8 meses de idade, que estava sob seus cuidados. A denúncia narra que Wisley agredia Davi Lucas constantemente, com socos, tapas e chineladas, além de gritar muito com ele. A criança chegou a ser queimada com um garfo aquecido, como forma de aplicar castigo pessoal

No dia do crime, a mãe de Davi Lucas saiu de casa e deixou a criança sob os cuidados de Wisley. Ela chegou a chorar para ir com a mãe, pois não queria ficar em casa com o agressor. No decorrer da tarde, irritado com o comportamento de Davi Lucas, que chorava pedindo pela mãe, o padrasto passou a bater na cabeça, pescoço, boca e abdômen do menino.

A vítima passou a sangrar pela boca e a ficar em estado cambaleante, perdendo as forças. Ao invés de buscar socorro, Wisley colocou a criança em um banho gelado, no intuito de reanimá-la. Ela estava tendo hemorragia interna devido ao rompimento do fígado.

Como a criança não respondia mais aos estímulos, Wisley colocou uma frauda nela e a deitou em um colchão que estava na sala, onde morreu. Em seguida, lavou toda a casa e limpou as manchas de sangue da vítima que ficaram na parede do quarto e na pia do banheiro. Quando a mãe chegou, ele informou que a criança teria escorregado no banheiro e batido a boca.

A mulher aproximou-se da criança e a tocou. Como acreditou que Davi Lucas estava vivo, ela foi realizar outras tarefas, sendo acompanhada por Wisley, o que lhe causou estranheza uma vez que ele não tinha hábito de executar tarefas domésticas. Quando decidiu acordar o filho, notou que o corpo estava gelado e resolveu pedir socorro ao Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que chegaram e constataram a morte.

Fonte: MPGO
Foto: MPGO
Jornalismo Portal Panorama
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