A ejaculação precoce preocupa parcela significativa dos homens brasileiros; entenda por que ela acontece e possíveis soluções.

A ejaculação precoce é uma disfunção sexual masculina caracterizada pelo orgasmo antes que a outra pessoa envolvida no ato se satisfaça. A dificuldade em evitar o clímax durante o sexo é um problema comum entre homens.

Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) de 2021 mostrou que cerca de 30% dos homens brasileiros sofrem desse quadro. Em 2022, o Datafolha e o Omens revelaram, em outra pesquisa, que 48% dos homens já haviam enfrentado a ejaculação precoce.

Segundo o urologista Rodrigo Trivilato, a ejaculação precoce é a que ocorre durante a atividade sexual em que a pessoa goza em, aproximadamente, um minuto após a penetração vaginal — ou, em alguns casos, até antes disso.

Ansiedade, depressão e problemas de autoimagem são alguns dos motivos para que o quadro apareça. “Por se tratar de um distúrbio biopsicológico, diversas teorias surgem para explicar as causas da ejaculação precoce. Distúrbios da ansiedade são relatados como uma causa prevalente”, comenta.

Ele acrescenta que há outras causas relacionadas à EP adquirida: problemas psicológicos e sociais, disfunção erétil, desmame ou retirada de medicações psicotrópicas de uso contínuo do paciente (especialmente os inibidores da recaptação de serotonina), uso de drogas recreacionais e, ocasionalmente, prostatite ou hipertireoidismo.

Esse problema pode ser classificado como primário, quando ocorre no começo da vida sexual; ou adquirida/secundária, no caso de homens que tinham ejaculações normais e passaram a sofrer com a disfunção. O secundário costuma ocorrer a partir dos 50 anos e, muitas vezes, está associado à dificuldade de ereção.

O que fazer?

Segundo Rodrigo, o tratamento de ejaculação precoce deve ser multidisciplinar, englobando terapias farmacológicas, terapia psicossexual e métodos comportamentais alternativos.

“Terapia psicossexual visa esclarecer para o homem as causas de EP, bem como diagnosticar distúrbios de ansiedade, prevalentes nessa população, fazendo com que o indivíduo consiga ter mais controle”, diz. O tratamento farmacológico é outra ação recomendada.

“A masturbação pode ser uma linha de conduta para os pacientes mais jovens, porém, o índice de sucesso é fraco”, acrescenta Rodrigo. Ele aponta que o uso de preservativo com retardantes é outra maneira de ajudar.

Segundo o médico, uma opção que tem se mostrado eficiente é a utilização de spray de anestésico local na região glandular cerca de cinco minutos antes do ato sexual. A medicação, no entanto, precisa ser prescrita por um especialista.

Caso você sofra com ejaculação precoce ou conheça alguém com o quadro, a recomendação é buscar ajuda de um médico especializado.

Por Helena Mandarino
Foto: Getty Images
Jornalismo Portal Pn7

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