15 de dezembro de 2024
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No laboratório, retira-se o extrato da planta e partir dele são desenvolvidos alguns tipos de comprimidos e o remédio na forma de creme e gel. O objetivo da pesquisa é desenvolver produtos farmacêuticos que contenham substâncias à base dessa planta do cerrado que estimulem os melanócitos a produzir melanina, o pigmento da pele.

O vitiligo é uma doença incurável que atinge cerca de 1% da população mundial, totalizando 70 milhões de pessoas portadoras. É caracterizada por manchas brancas na pele que, se não tratadas podem se espalhar por várias regiões do corpo. O vitiligo age impedindo que as células chamadas melanócitos produzam a melanina, substância que dá pigmentação à pele.

Apesar de não ser contagiosa, a doença provoca inúmeros prejuízos relacionados com a qualidade de vida dos portadores e também na autoestima dessas pessoas, que infelizmente ainda sofrem preconceitos de várias pessoas que desconhecem o problema e agem na ignorância.

Por conta disso, existem no mercado muitos medicamentos e tratamentos utilizados para conter o vitiligo e, de acordo com pesquisas que estão sendo feitas há quatro anos pela Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás, a mama-cadela, árvore típica do cerrado, poderá representar mais uma esperança aos portadores da doença.

Tal planta, conhecida popularmente como mama-cadela, mamica-de-cadela ou inhare, chega a ter sete metros de altura e seu nome científico é Brosimum gaudichaudii. Seu nome popular, segundo as tradições, é porque seu fruto, quando maduro, fica alaranjado e solta um líquido como se fosse um leite, parecendo uma mama de cadela.

No laboratório, retira-se o extrato da planta e partir dele são desenvolvidos alguns tipos de comprimidos e o remédio na forma de creme e gel.  O objetivo da pesquisa é desenvolver produtos farmacêuticos que contenham substâncias à base dessa planta do cerrado que estimulem os melanócitos a produzir melanina, o pigmento da pele.

Apesar dos resultados obtidos pela pesquisa na UFG até o momento, ainda deve levar algum tempo para que medicamentos à base da mama-cadela sejam vendidos em farmácias. Como ainda não existem muitos estudos, corre-se o risco de usar a planta em seres humanos, inclusive com possibilidade de queimaduras em casos de ingerir o produto e se expor ao sol. Há também o risco da substância ser tóxica ao fígado, dependendo da dosagem. É por conta disso que são necessários ensaios clínicos dentro da universidade.

No momento, a UFG espera encontrar um laboratório farmacêutico que se interesse em realizar uma parceria e prosseguir com as pesquisas, já que o próximo passo seria testar os produtos à base da planta em pacientes com vitiligo.

Em Jataí, Mama-cadela é encontrado na loja Cerrado Alimentos Naturais.

CERRADO ALIMENTOS NATURAIS
(64) 3631-8387
cerrado.jti@hotmail.com
Rua Anhanguera, 615 – centro Jataí/Goiás

Rosana de Carvalho – Site PaNoRaMa

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