Mais 17 lotes de marcas de café torrados foram divulgados em um novo comunicado do Ministério da Agricultura como sendo impróprias para o consumo. No informe, duas marcas goianas aparecem na listagem.
O anúncio, feito na sexta-feira (02), ocorre há cerca de um mês após a última recomendação do órgão, na qual apenas 4 marcas de Goiás haviam sido verificadas.
Novamente, o levantamento detectou “matérias estranhas e impurezas ou elementos estranhos, acima do limite legal arbitrado pela Portaria nº 570/2022, desta vez em outros produtos.
As marcas de Goiás apontadas foram a Café Dona Filinha (lote 63) e o Café Serra do Brasil (lote 0056), ambos reprovados no mesmo quesito citado, enquanto outras tiveram apenas a “presença de elementos estranhos” verificada.
Tais matérias estranhas dizem respeito a sementes ou grãos de outras espécies, assim como sujeiras em geral como areia, pedras e torrões, os quais só podem representar até 1% do produto. Já as impurezas são caracterizadas por detritos que vem com o próprio café, como partes da planta, e possuem o mesmo limite legal de presença.
Por fim, os elementos estranhos se assemelham às matérias, mas podem também incluir corantes, açúcar, caramelo, borras de café solúvel ou de infusão e também grãos de outros gêneros.
A intensificação da fiscalização de tais produtos se dá pela chamada Operação Valoriza, que começou em março deste ano e promoveu a fiscalização de vários cafés durantes duas semanas. Inicialmente, foram divulgados lotes reprovados apenas das marcas goianas Aladdin, Bule Nobre, Sultão e Café do Povo, no começo de julho.
Vale ressaltar que a força-tarefa também integra o Programa Nacional de Prevenção e Combate à Fraude e Clandestinidade em Produtos de Origem Vegetal (PNFraude), que procura garantir a concorrência justa entre os produtores e também a qualidade dos produtos comercializados.
Por Samuel Leão
Foto: Marcello Casal Jr
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