
CEO (Chief Executive Officer) é o título atribuído ao principal funcionário executivo de uma empresa. CEO (pronuncia-se ciiou) é o líder, o posto mais alto, ao lado do chairman (presidente da organização).
Atingir um alto cargo numa empresa é o sonho de todo executivo, pelas óbvias vantagens a ele associadas, a começar pelo salário. Mas o que isso tem a ver com língua portuguesa?
Na era das conexões instantâneas, a comunicação passou a ser um indicador de desempenho de pessoas e de empresas. As avaliações dos departamentos de RH das grandes companhias estão mais exigentes do que nunca. O “inglês fluente” deixou de ser a principal chave para a contratação de funcionários. Veja por quê.
Com a evolução das tecnologias digitais e a maior rapidez na comunicação, a redação empresarial ganhou destaque. No lugar da antiga secretária – que “datilografava”, escrevia e respondia cartas -, o gestor viu-se de repente obrigado a expressar-se por escrito, representando a empresa. Descobriu que, para sobreviver no mundo corporativo, ele precisaria de uma nova ferramenta: um bom desempenho na comunicação escrita. Como se isso não bastasse, passou a conviver com uma ameaça: a incompetência no domínio da linguagem implicaria em incompetência profissional.
A nova realidade desnudou o que já se previa: a dificuldade do brasileiro em articular frases, construir raciocínios completos, enfim, livrar-se do nível “tipo assim”.
Sempre partimos do princípio de que a língua tem suas variantes: a linguagem dos advogados, dos policiais, dos traficantes, dos jogadores de futebol etc. Além disso, há a língua que se usa nas ruas, nos comitês, nos estádios, nos canteiros de obras e – como dizia um cronista mineiro – a que se usa “no quarto de meu bem”… Dentre tamanha variedade, destaque-se o “empresês”, praticado no mundo corporativo. E o funcionário – ops! o colaborador – vai vestir a linguagem dos negócios, passar a usar as palavras em evidência, já que é a partir delas que se estabelece o contato.
O candidato a um emprego sabe que, na disputa por uma vaga, concorrendo com pessoas que dominam os mesmos conhecimentos, a diferença vai apontar para um único critério: a capacidade de comunicação.
A redação de um texto corporativo adequado forma uma imagem positiva do autor. Sabedoras desse detalhe, as empresas valorizam cada vez mais aquele colaborador que se expressa bem, tanto na linguagem oral como na escrita, posto que só esse perfil pode representá-las condignamente no mercado competitivo.
Talvez seja o momento mais oportuno para “quebrar paradigmas”, dar um “choque de gestão” com “foco” na língua portuguesa.
Se os caminhos para os céus, como dizem as Escrituras, são penosos e difíceis, você acaba de descobrir um atalho para atingir um CEO: um bom desempenho em língua portuguesa pode levá-lo à bem-aventurança de um alto posto na empresa.
Colunista: Prof: Jorge Pita
Revisão: Rosana de Carvalho
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