Jataienses apresentam exposição de arte contemporânea “Borogodó” no Museu das Bandeiras, na Cidade de Goiás
A exposição “Borogodó” será inaugurada hoje (21) no Museu das Bandeiras, na Cidade de Goiás, proporcionando uma experiência sensorial única sobre o cerrado e suas conexões humanas. A mostra, que fica em cartaz até 23 de março, reúne obras de cinco artistas goianos: os jataienses Dora Terra e Vitü Lima, além de Ismael Lombardi, Murilo Ribeiro e Rayane Cesário. As obras abordam temas contemporâneos como meio ambiente, espiritualidade e as vivências sociais na região vilaboense, prometendo provocar reflexões profundas no público.
Com classificação indicativa de 16 anos, a visitação será gratuita. O título da exposição, “Borogodó”, não é apenas uma gíria popular, mas também uma expressão escolhida por seu significado afetivo e extraordinário. A mostra conecta as obras ao público de forma íntima e sensorial, explorando empatia e vínculos humanos.
Entre os destaques estão Dora Terra, de 23 anos, natural de Jataí e graduanda em Artes Visuais pelo IFG, que utiliza memórias de infância e traços infantis como base de suas criações. Suas obras remetem à garatuja, refletindo autenticidade em pinturas e desenhos. Já Vitü Lima, também de Jataí, é fotógrafo, tem 22 anos e estuda Cinema e Audiovisual no IFG. Ele explora retratos surrealistas que abordam saúde mental, diversidade e vivências LGBTQIAP+, promovendo um diálogo entre o íntimo e o coletivo.
Ismael Lombardi, multiartista e estudante de Cinema e Audiovisual, amplia as possibilidades criativas ao integrar pintura, escultura, cinema, literatura e música. Ele aborda temas como vivências LGBTQIAP+, neurodivergência, traumas e espiritualidade, utilizando sua condição neurológica de sinestesia para escolher cores que refletem sons musicais.
Murilo Ribeiro, artista plástico e cineasta, desenvolve obras que inserem anjos em contextos de regionalidade, exaltando lutas sociais, críticas a padrões conservadores e as queimadas no cerrado. Sua produção destaca paisagens goianas e relações interpessoais LGBTQIAP+, criando uma conexão visual marcante.
Por fim, Rayane Cesário, de 20 anos, utiliza pintura e fotografia para explorar sua relação com o próprio corpo e traumas de infância. Suas obras vibram em cores que expressam emoções intensas, abordando questões como liberdade, dores e a vida adulta.
“Borogodó” é uma celebração da cultura goiana em toda a sua complexidade e beleza, enquanto propõe um mergulho nas riquezas sensoriais do cerrado. Os horários de visitação serão divulgados nos próximos dias, marcando o início de uma jornada artística que promete encantar e inspirar.