“Foi uma prova muito melhor do que a do ano passado. Tinha treinado na Colômbia para aquela prova, voltei em cima da hora e senti. Desta vez, foi bem melhor. Não deu para ficar de igual para igual com as quenianas, mas deu para conquistar o sexto lugar”, comentou Sueli.
Atletas durante a 89ª Corrida Internacional de São Silvestre 2013.
Atletas durante a 89ª Corrida Internacional de São Silvestre 2013.

Sueli Pereira se preparou para a São Silvestre de 2012 na altitude da Colômbia e não gostou do resultado, terminando a corrida em sétimo lugar. Em 2013, ela desistiu da viagem e teve um desempenho bem melhor, subindo para sexto e dando um salto mais considerável no tempo.

Dos 54min22s da edição anterior para os 53min00s registrados agora, a diferença foi considerável. E a nova marca rendeu à atleta do Cruzeiro o posto de melhor brasileira da disputa, ficando ela atrás apenas do quinteto africano que dominou o pódio na Avenida Paulista.

“Foi uma prova muito melhor do que a do ano passado. Tinha treinado na Colômbia para aquela prova, voltei em cima da hora e senti. Desta vez, foi bem melhor. Não deu para ficar de igual para igual com as quenianas, mas deu para conquistar o sexto lugar”, comentou Sueli.

Segundo a corredora, a diferença no preparo ficou evidente na temida subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, já na parte final do percurso. “Eu tinha sentido muito na Brigadeiro antes. Desta vez, fiz um trabalho na minha cidade mesmo e consegui me sair melhor.”

Só não deu mesmo para acompanhar as africanas, que não demoraram a se destacar no pelotão de frente. “Foi um pouco complicado, porque elas começaram em um ritmo muito forte. No segundo, no terceiro e no quarto quilômetro, já se desgarraram. Tentei acompanhar, mas não consegui”, lamentou.

Sueli Pereira pedem bom-senso em calendário para treinar mais

Sentar-se e cruzar os braços é algo que vai contra os instintos dos atletas que correm a São Silvestre, mas os melhores brasileiros da prova, como têm feito os jogadores de futebol do país, reclamaram do calendário. Segundo eles, os quenianos levam vantagem por disputar menos competições ao longo da temporada.

“Precisamos treinar mais. As africanas competem menos e treinam mais, e isso acaba fazendo diferença. No terceiro quilômetro, as brasileiras já estavam para trás. No quinto, era só eu mesmo, a 50 metros delas”, afirmou Sueli Pereira, sexta colocada, fora de um pódio exclusivamente africano.

Para ela, a diferença de mais de um minuto que separou a campeã Nancy Kipron da primeira brasileira poderia ser menor com um tempo maior de preparação. “É muita competição, tem que diminuir um pouco. Já não estou correndo tanto, consegui treinar um pouco mais, mas é preciso ver isso.”

Entre os homens, Giovani dos Santos conseguiu subir ao pódio como quarto colocado, porém a distância para o campeão Edwin Kipsang, do Quênia, também foi superior a um minuto. E o atleta, embora satisfeito com o próprio desempenho, repetiu a queixa de Sueli.

“A gente compete demais. Você pode ver que os quenianos vão se revezando. Na Pampulha (prova disputada em 1º de dezembro, com triunfo de Giovani), correram uns. Aqui, foram outros. Com mais tempo de treino, os resultados podem melhorar”, disse o brasileiro.

Coincidência ou não, Giovani teve dificuldade para completar a São Silvestre na manhã de terça-feira. Com dores na panturrilha direita, ele só conseguiu baixar em um segundo o tempo obtido na edição anterior. Com 44min49s, ficou longe dos 44min00s que tinha como meta.

“Ali entre o 11º e o 12º quilômetro, eu estava tentando me aproximar, mas os quenianos perceberam minha chegada e se desgarraram. Eu ainda estava tentando buscar o terceiro lugar, mas senti a panturrilha”, contou o atleta, que começou a mancar depois de comemorar o posto de melhor brasileiro com um salto e um soco no ar.

Confira as dez primeiras colocadas da São Silvestre:

  1. Nancy Kipron (QUE) – 51min58s
  2. Netsanet Kebede (ETI) – 52min08s
  3. Jackeline Sakilu (QUE) – 52min29s
  4. Sara Makera (TAN) – 52min40s
  5. Delvine Meringor (QUE) – 52min46s
  6. Sueli Pereira (BRA) – 53min00s
  7. Cruz Silva (BRA) – 54min06s
  8. Ednah Mukhwana (QUE) – 54min21s
  9. Jaciane Araújo (BRA) – 54min30s
  10. Failuna Matanga (TAN) – 54min43s

 

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