Na última terça-feira (1º), Jataí foi palco de dois importantes anúncios para o setor industrial e de biocombustíveis, ambos com impacto direto na economia e na geração de empregos. A cidade goiana celebrou o início das operações da Jataí Agroindústria de Biocombustíveis Ltda. e o lançamento da pedra fundamental da nova usina de etanol de segunda geração da Raízen, com um investimento de R$ 1,2 bilhão.
Jataí Agroindústria de Biocombustíveis inicia operações
Jataí Agroindústria de Biocombustíveis Ltda. entrou em operação, gerando 500 empregos diretos e indiretos. A planta industrial, que processa 500 toneladas de milho por dia, movimentará R$ 28 milhões mensais na economia local. Entre os produtos gerados pela planta estão 210 mil litros de etanol, 125 toneladas de DDG (subproduto para ração animal), 7.500 kg de óleo de milho e 50 mil litros de xarope de vinhaça diariamente.
Vital Nogueira, engenheiro responsável pelo projeto, destacou que a indústria processa tanto milho quanto sorgo, culturas amplamente cultivadas em Goiás. “A planta contribui diretamente para a economia da cidade, industrializando o milho colhido aqui e fornecendo ração de alto valor proteico para a pecuária local”, afirmou.
Além de gerar empregos e agregar valor à produção de milho, a planta promove práticas ambientalmente corretas, sem a geração de resíduos ou efluentes, aproveitando 100% da matéria-prima.
Nova usina de etanol com investimento de R$ 1,2 bilhão
O segundo grande anúncio foi a construção de uma usina de etanol de segunda geração (E2G), desenvolvida pela multinacional Raízen, com um investimento de R$ 1,2 bilhão. Essa será a primeira unidade da companhia fora do Estado de São Paulo, e usará palha e bagaço da cana-de-açúcar como matéria-prima, impulsionando a produção de etanol celulósico.
O investimento faz parte de um pacote de aportes anunciado em 2022, viabilizado após um acordo de fornecimento de longo prazo com a acionista Shell. A usina será construída ao lado da atual planta da Raízen em Jataí, e a previsão é que comece a operar em 2028. Durante a construção, a expectativa é de gerar 168 empregos diretos e cerca de mil indiretos, impulsionando ainda mais a economia local.
Com esses projetos, Jataí se consolida como um polo de inovação e desenvolvimento no setor de biocombustíveis, refletindo o compromisso da cidade com a sustentabilidade e o progresso econômico.
Por Gessica Vieira
Foto: Arquivo Panorama
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