Chuvas irregulares aumentam o risco de proliferação do Aedes aegypti, com mais de 51 mil casos confirmados no estado. SES-GO divulga medidas preventivas para conter a epidemia.

Da redação do Portal Panorama

Goiás enfrenta um sério desafio de saúde pública à medida que os casos de dengue, zika e chikungunya aumentam de forma alarmante em todo o estado. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO), a cidade de Jataí lidera a lista de municípios com mais casos de dengue, com impressionantes 260 registros da doença. Isso coloca Jataí no primeiro lugar entre os municípios mais afetados em Goiás.

Aqui está a lista dos municípios com mais casos de dengue em Goiás:

    1. Jataí – 260 casos
    2. Jaraguá – 103 casos
    3. Palmeiras de Goiás – 51 casos
    4. São Luís de Montes Belos – 40 casos
    5. Hidrolândia – 31 casos
    6. Barro Alto – 24 casos
    7. Campos Belos – 21 casos
    8. Edeia – 15 casos
    9. Goianápolis – 14 casos
    10. Corumbaíba – 12 casos
    11. Sanclerlândia – 9 casos
    12. Guarani de Goiás – 8 casos
    13. Ouvidor – 7 casos
    14. Avelinopólis – 3 casos
    15. Nova Iguaçu de Goiás – 3 casos
    16. Guarinos – 2 casos

É importante notar que, embora Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis não estejam na lista, essas cidades também enfrentam números significativos de casos de dengue. No entanto, elas são classificadas como “baixo risco” de acordo com a SES-GO, devido à sua população maior e uma proporção de casos por habitante relativamente menor em comparação com os municípios listados. Por exemplo:

  • Goiânia soma 660 casos de dengue, mas devido à sua grande população, a proporção de casos por habitante é menor em comparação com outras cidades de menor porte.
  • Aparecida de Goiânia registra 522 casos, também com uma proporção menor de casos por habitante.
  • Anápolis conta com 333 casos, mantendo uma proporção relativamente menor em relação ao seu tamanho populacional.

Essa classificação não indica que essas cidades estão livres da ameaça da dengue, mas sim que, proporcionalmente à sua população, a incidência da doença é menor em comparação com outros municípios de menor tamanho populacional que apresentam números mais elevados de casos.

Os números são preocupantes, especialmente quando se considera que o estado já registrou 21 mortes por dengue este ano, além de 27 óbitos suspeitos da doença. Goiânia e Caldas Novas são os municípios mais afetados, com quatro e três mortes, respectivamente. No total, os casos confirmados da doença transmitida pelo Aedes aegypti chegam a 51.794 em Goiás.

O aumento dos casos é agravado pelas chuvas irregulares que atingiram o estado nas últimas semanas. A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) revelou que essas chuvas fora de época favorecem a eclosão antecipada dos ovos do mosquito Aedes aegypti e sua proliferação, contribuindo para o aumento considerável das doenças transmitidas por ele.

André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, destacou que essas chuvas irregulares são resultado do fenômeno El Niño, que afeta as condições do tempo no estado. Apesar das previsões de chuvas isoladas até a próxima semana, o tempo deve permanecer estável, quente e seco posteriormente.

O coordenador de Dengue, Chikungunya e Zika da SES-GO, Murilo do Carmo, enfatiza a preocupação com os números atuais, destacando que, até o momento, já foram registrados cerca de mil casos de dengue por semana. Ele alerta para o aumento das mortes relacionadas à chikungunya, com seis mortes notificadas este ano, muitas delas em adultos jovens sem comorbidades.

Diante desse cenário, a Secretaria de Saúde do estado orienta os moradores a adotarem medidas preventivas simples e rotineiras, como vedar a caixa d’água, recolher e acondicionar o lixo corretamente, cobrir cisternas e reservatórios de água e eliminar qualquer objeto que possa acumular água em quintais e áreas externas. O Aedes aegypti é conhecido por se reproduzir em locais inusitados, como recipientes de degelo de geladeiras, vasos de plantas, vasos sanitários, umidificadores, ralos de banheiro e sifões de pias. O ovo do mosquito, em contato com a água parada, leva cerca de sete dias para se transformar em mosquito adulto, tornando essencial a manutenção de quintais limpos e livres de acúmulo de água.

A conscientização e a colaboração de todos, incluindo o poder público e a sociedade, são fundamentais para enfrentar esse desafio de saúde pública e conter o avanço dessas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti em Goiás.

Jornalismo Portal Panorama
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