Registro aéreo do sol refletindo no Parque Ecológico Diacuí na manhã desta quinta-feira, capturado por Phablo Araujo, físico e fotógrafo da natureza. Um vislumbre da beleza natural em um dia marcante de solstício de inverno.

Solstício de inverno ocorre nesta quinta-feira (20) às 17h50, marcando o início da estação mais fria e a maior noite do ano

Por Nalanda Gabrielle, do Portal Pn7
Foto: Phablo Araujo – Portal Pn7

Apesar de o frio já ter chegado em algumas regiões do Brasil, o inverno começa oficialmente no Hemisfério Sul nesta quinta-feira (20), às 17h50, horário de Brasília. A transição do outono para a estação mais fria do ano é marcada pelo solstício de inverno, um fenômeno em que o planeta Terra atinge o ponto mais distante em relação ao Sol.

A palavra “solstício” deriva do latim “Solstitium”, que significa “Sol parado”. Isso porque, quando observado a olho nu, o Sol parece interromper sua trajetória no céu ao alcançar esse ponto. Neste dia, a mudança na posição do Sol a cada nascer ou pôr do Sol não é perceptível.

Thiago Gonçalves, astrônomo e diretor do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica que o solstício ocorre duas vezes ao ano – uma em junho e outra em dezembro. Devido à inclinação do eixo da Terra, um hemisfério fica mais exposto à luz solar durante o verão, enquanto o outro recebe menos luz, caracterizando o inverno.

“Após seis meses, a Terra se encontra no outro lado do Sol e, com essa inclinação, o hemisfério oposto estará voltado para o Sol”, detalha Gonçalves.

No Hemisfério Sul, o solstício de junho é o dia com menor incidência solar, resultando na noite mais longa do ano. Conforme o planeta e o Sol se aproximam novamente, a duração das noites diminui até que os dias e noites tenham a mesma duração, fenômeno conhecido como equinócio. Este também ocorre duas vezes ao ano – uma em setembro e outra em março – marcando o início do outono e da primavera.

As mudanças na temperatura e na vegetação de cada estação dependem da quantidade de luz solar recebida por cada região. Áreas próximas à Linha do Equador, como o Norte e o Nordeste brasileiro, sofrem menos variações climáticas. Nos extremos, como os Polos Sul e Norte, a inclinação da Terra resulta em maiores oscilações de luz solar.

“Se você viajasse do Rio Grande do Sul ao Amapá, perceberia que está se aproximando da parte da Terra mais diretamente iluminada neste solstício”, afirma Gonçalves.

O ciclo completo até o próximo solstício de inverno ocorre em 365 dias, 48 minutos e 46 segundos. Devido aos minutos e segundos adicionais, o calendário é ajustado a cada quatro anos, resultando no ano bissexto com 366 dias.

Este solstício marca não apenas o início do inverno, mas também a noite mais longa do ano, um momento significativo na astronomia e no clima do Hemisfério Sul.

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