Foto: Vânia Santana / CMJ
O vereador Major Davi Pires (PP) reivindicou, ao Executivo, o uso de instrumento legal para obrigar a Saneago a acoplar uma válvula antiar em todos os hidrômetros instalados em imóveis residenciais, comerciais e industriais de Jataí.
“Com o equipamento, haverá economia para o consumidor, pois este irá pagar somente pela água demandada”, disse ele. “Segundo estudos, eliminando-se o ar, gera-se uma economia de 35% com a instalação da válvula”.
Isso porque, com a onda de consumo racional de água cada vez mais presente em diversos estados brasileiros, algo muito curioso vem sendo percebido pelos consumidores: a presença do ar nas tubulações, que deveriam abastecer com água, apenas, os seus clientes. Isso faz com que a conta seja mais cara e o consumidor pague por ar, ao invés de água.
Esse ar na rede acontece mais frequentemente quando o sistema fica por muitas horas desabastecido. Quando a água volta aos encanamentos, ela vem “empurrada” pelo ar. Para resolver esse problema, os consumidores contam com ventosas, ou válvulas antiar, que têm a função de ajudar o ar a sair do sistema antes de chegar aos hidrômetros.
Porém, como nem tudo são flores, o método não é 100% eficaz e depende de certos fatores, como a distância do local até o reservatório mais próximo e se está em um local mais alto. O equipamento oferece mais benefícios a quem mora mais longe dos reservatórios ou em locais mais altos. Porém, em lugares onde a água chega com pouca pressão, pode não ser uma boa ideia oferecer mais um obstáculo até a caixa d´água.
Segundo reportagem do Fantástico, realizada em 2015, é difícil projetar a economia que esse aparelho fornece, uma vez que depende das características citadas. No entanto, a válvula pode funcionar e há casos de economia superior a 30%.
As empresas de abastecimento, via de regra, não aconselham a instalação das válvulas. Argumentam que, em um momento que cause falta de pressão, a água contaminada pode se misturar com a água limpa. Já os fabricantes argumentam que o produto não oferece esse tipo de problema.
Larissa Pedriel
Foto Capa: Vânia Santana / CMJ
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