Foto: Vânia Santana

Economia no Centro Oeste é pouco significativa

O vereador Gildenício Santos (MDB) solicitou, aos governos Federal e Estadual, a exclusão de Goiás da relação de unidades da Federação que seguem o horário de verão.

O parlamentar citou alguns estudos que garantem que, no Centro-Oeste, a pequena economia não justifica os transtornos causados pela mudança no relógio, como a falta de segurança para quem precisa levantar cedo, saindo de casa ainda no escuro.

Mas ele não foi o único, muitos projetos tramitam nas casas legislativas do país para decidir o futuro do famoso Horário de Verão, aplicado em alguns Estados do Brasil desde 1985.

Segundo o Governo Brasileiro, o horário de verão deixou de se justificar pelo setor elétrico e estão sendo avaliadas as possibilidades de manutenção ou não em anos futuros. Nesse meio tempo, que envolve o ano de 2019, a medida se mantém.

A discussão perdura desde 2016, e a pergunta é: Por que a economia com a mudança de horário diminuiu?

É o seguinte, no verão, o Sol nasce mais cedo e os dias ficam mais longos. No inverno, o Sol nasce mais tarde, os dias ficam mais curtos. Portanto, adiantamos o relógio em uma hora no verão para acordarmos mais cedo e aproveitarmos ao máximo a luz do dia. Quando saímos do trabalho no final da tarde, ainda há claridade.

O adiantamento da hora gera economia de duas formas distintas. A primeira ocorre quando os brasileiros deixam de acender a luz no final do dia porque ainda existe luz natural.

Essa economia diminuiu com o tempo. Um dos motivos é que muitos brasileiros agora usam aparelhos de ar condicionado para refrigerar ambientes durante os verões, cada vez mais quentes. Ou seja, não adianta desligar a luz e ligar o ar condicionado.

A segunda forma ocorre quando poupamos os recursos da matriz energética no horário de pico de consumo de energia, entre 18h e 21h, quando boa parte da população volta do trabalho e utiliza a energia doméstica, enquanto boa parte do comércio e indústria continuam ativos.

Com o novo horário, o pico de consumo é reduzido, ou seja, o uso da eletricidade fica mais distribuído ao longo do dia, e não por volta das 18h, como acontece no resto do ano.

Em 2013, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) acusou uma economia de R$ 400 milhões. Já no ano passado, a mesma caiu pela metade. No entanto, mesmo com a queda significativa da economia, o setor de Energia ainda apoia a manutenção da medida.

Só que, a economia significativa que ainda se mantém, acontece em estados com demandas maiores de energia, a exemplo do Rio de Janeiro. No Centro-oeste, como afirmou Gildenício no início da reportagem, é possível que os transtornos causados pela mudança sejam maiores que a redução no consumo.

“Segundo dados disponíveis, o que se observa é que o deslocamento do relógio não representa economia significativa na quantidade de energia consumida ao longo do dia. No sistema sudeste-centro oeste, ela foi de 0,5%, no sistema sul, também”, disse o engenheiro eletricista e presidente do instituto de pesquisas Acende Brasil, Cláudio Sales.

E você? É contra ou a favor da manutenção do Horário de Verão em Goiás?

Larissa Pedriel
Foto Capa: Vânia Santana
Jornalismo Portal Panorama

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