Segundo o Ministério Público Federal, o indivíduo mantinha um alto volume de munições e explosivos, além de fazer ameaças em redes sociais.

Um homem foi condenado a seis anos de prisão após ser acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de preparar atos de terrorismo em Goiás. Segundo o MPF, o réu, que não teve a identidade revelada, armazenava uma grande quantidade de munições de diversos calibres, além de uma granada com alto poder destrutivo.

A investigação começou após uma série de denúncias anônimas registradas contra o homem, que demonstrava comportamentos agressivos em ambiente de trabalho, além de publicar fotos e vídeos violentos em redes sociais.

“Entre o material compartilhado pelo acusado havia vídeos do Estado Islâmico e fotos de uma granada morteiro associada à imagem da empresa onde trabalhava, comportamento que causou medo entre seus colegas,” informou o MPF.

Com as denúncias, um mandado de busca e apreensão foi expedido contra o indivíduo. Na casa dele, foram encontradas as munições e a granada morteiro exibidas por ele na internet.

Os policiais analisaram, ainda, o histórico de buscas do homem na internet, onde encontraram tópicos como armamentos, bombas, grupos extremistas e organizações paramilitares. Também foram identificadas buscas com conteúdos discriminatórios, de teor racista e misógino, e conversas em árabe e russo.

Defesa

Em interrogatório, o réu confirmou que armazenava armamentos em sua casa, mas alegou que a granada, comprada pela internet, não estava em pleno funcionamento. Segundo o perito em bombas da Polícia Militar de Goiás, a afirmação é falsa, visto que a presença de carga explosiva no artefato foi constatada.

Sobre as pesquisas feitas por ele, o réu disse que foram feitas aleatoriamente, apenas por curiosidade. Algumas, ele afirmou desconhecer. Em relação às conversas em árabe e russo, o acusado confirmou manter conversas com pessoas do exterior, mas disse que não tem relação com grupos terroristas.

Segundo o MPF, os armamentos apreendidos foram enviados ao Exército para destruição.

Em razão do segredo de justiça, a CNN não conseguiu localizar a defesa do acusado para comentar a condenação.

Por Victor Aguiar, da CNN
Foto: Steve Prezant
Jornalismo Portal Panorama
panorama.not.br

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