Gripe K: Entenda o alerta da OMS sobre o subclado K do H3N2

Gripe K: Entenda o alerta da OMS sobre o subclado K do H3N2

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta internacional sobre o aumento da circulação de um novo subclado do vírus influenza A H3N2, identificado pela letra K. No entanto, especialistas e entidades de saúde ressaltam que não há motivo para pânico. Eles afirmam que não se trata de um vírus mais grave ou de uma situação inédita.

Conforme define o Ministério da Saúde, a influenza (gripe) é uma infecção aguda do sistema respiratório com alto potencial de transmissão. De acordo com a infectologista Nancy Bellei, da Unifesp, os subtipos H1N1 e H3N2 são os principais que infectam humanos. Vale destacar que o H3N2 sofre mutações frequentes, o que exige a constante atualização das vacinas.

O que é exatamente o subclado K?

Dentro de um subtipo viral, como o H3N2, o acúmulo de mutações gera linhagens, clados e subclados. Portanto, o subclado K é uma evolução recente dentro da mesma família genética do H3N2. Ele deriva de um clado anterior chamado J2. Em outras palavras, não é um vírus novo, mas uma ramificação do já conhecido.

Vale lembrar que a vacina de 2024 foi formulada com base no clado J, antecessor do K.

Por que a OMS resolveu alertar os países?

A Opas, braço da OMS nas Américas, emitiu o comunicado para informar sobre o rápido aumento deste subclado em regiões da Europa e da Ásia. Consequentemente, a entidade recomenda o reforço da vigilância e da vacinação, especialmente para idosos.

O cenário atual pode, segundo a Opas, antecipar a temporada de gripe no hemisfério sul em 2026. Historicamente, temporadas dominadas pelo H3N2 têm maior impacto na população idosa.

Qual é a situação no Brasil?

Até o momento, não há uma epidemia em curso no país. O Ministério da Saúde confirmou apenas quatro casos isolados: um no Pará e três em Mato Grosso do Sul. Além disso, não há registro de circulação sustentada do subclado K na América do Sul.

A gripe K é mais grave?

A infectologista Nancy Bellei é categórica: não. “Os sintomas são os mesmos da gripe comum”, diz ela. Assim como nas outras gripes, a febre súbita, dor de garganta, tosse e dores musculares são os sinais principais.

No entanto, a gravidade pode ser maior em crianças, idosos e pessoas com comorbidades. Nesses grupos, a infecção pode levar a complicações como pneumonia.

A vacina atual ainda protege?

Sim. O Ministério da Saúde e especialistas afirmam que a vacina do SUS protege contra formas graves do H3N2, incluindo o subclado K. Embora o vírus tenha mutado, a imunização segue eficaz na redução de hospitalizações e óbitos.

Existe tratamento eficaz?

Sim. Existem medicamentos antivirais eficazes, disponíveis no SUS para grupos de risco. Para que o tratamento tenha melhor resultado, ele deve ser iniciado nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.

Como se prevenir?

As medidas são as já conhecidas para doenças respiratórias:

  • Manter a vacinação em dia.

  • Usar máscara ao apresentar sintomas.

  • Higienizar as mãos com frequência.

  • Procurar atendimento médico precoce em caso de febre súbita, principalmente para grupos de risco.

Diante do alerta, o Ministério da Saúde anunciou a intensificação da vigilância no país para identificação precoce de casos.

Por Gessica Vieira
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Pn7

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Gessica Vieira

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