Número de casos chega a 3 mil, com mais de 60 ocorrências em escolas de Goiânia. Autoridades investigam possível contaminação por bactéria encontrada em amostras de água.

O surto de diarreia aguda que atinge Goiás se intensificou, chegando a 16 municípios e mais de 3.000 casos notificados, conforme informou a Secretaria Estadual de Saúde (SES) nesta terça-feira (20). A doença tem afetado tanto áreas urbanas quanto rurais, e mais de 60 casos foram identificados em três escolas da capital, Goiânia. A principal suspeita é de contaminação pela bactéria Escherichia coli, encontrada em amostras de água coletadas em alguns dos municípios afetados.

Cidades como Campos Belos, Cavalcante, Monte Alegre de Goiás, São Miguel do Araguaia, Nova Crixás, Aruanã, Britânia, Cachoeira Alta, Goiatuba, Caturaí, Caldas Novas, Porangatu, Goiânia, Inhumas, Trindade e Firminópolis estão entre as mais atingidas. A superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, explicou que, em amostras de água e de pacientes, foram identificados tanto bactérias quanto vírus, como o Rotavírus, comum nesta época do ano. “Estamos diante de uma possível contaminação dupla, por bactérias e vírus, o que exige cuidados redobrados da população”, afirmou.

Os primeiros surtos foram registrados em junho deste ano nas cidades de Campos Belos, Cavalcante e Monte Alegre de Goiás. Devido ao tempo seco, os especialistas acreditam que os casos poderão aumentar nos meses de agosto e setembro, ampliando a preocupação com a saúde pública na região.

A SES reforça a importância de adotar medidas de prevenção simples, mas eficazes, para evitar a contaminação.

Confira abaixo algumas das principais orientações para se proteger contra o surto de diarreia aguda:

  • Lavar as mãos com frequência: Higienizar as mãos é uma das formas mais eficazes de evitar a transmissão de bactérias e vírus. Lave bem as mãos com água e sabão antes das refeições, após usar o banheiro e ao manusear alimentos;
  • Utilizar álcool em gel: Em locais onde não há acesso fácil à água e sabão, o uso de álcool em gel a 70% também ajuda na higienização;
  • Consumir apenas água tratada ou fervida: A ingestão de água contaminada é um dos principais fatores de risco para a diarreia. Use apenas água filtrada, tratada ou fervida para consumo;
  • Evitar alimentos crus ou malcozidos: Alimentos malcozidos, especialmente carne, ovos e vegetais crus, podem estar contaminados. Cozinhe bem os alimentos e certifique-se de que estejam armazenados em condições adequadas;
  • Higienizar frutas, verduras e legumes: Lave bem os alimentos antes de consumi-los, utilizando água potável. Se possível, faça a imersão em uma solução de hipoclorito de sódio, disponível nos supermercados;
  • Evitar contato com insetos e roedores: Armazene alimentos em recipientes fechados e em locais protegidos de insetos, como moscas e baratas, que podem contaminar os produtos;
  • Evitar banhos em locais com água parada ou suspeita: Durante o surto, evite nadar ou se banhar em poços ou rios sem a garantia de que a água é limpa e segura.

O que fazer em caso de sintomas:

Se você apresentar sintomas como diarreia, vômitos, febre, dor abdominal ou sinais de desidratação (como boca seca e urina escura), é fundamental procurar assistência médica imediatamente. Evitar a automedicação também é essencial, uma vez que o uso incorreto de medicamentos pode agravar a situação.

Por Gessica Vieira
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Pn7

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