
A partir do dia 1º de maio, os pecuaristas goianos devem iniciar a declaração obrigatória do rebanho em suas propriedades rurais. A medida vale para os 246 municípios do estado de Goiás e deve ser feita exclusivamente por meio do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago), utilizando login e senha do titular da propriedade.
Essa primeira etapa da declaração segue até o dia 30 de junho, conforme determina a Portaria nº 246/2025 da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). O órgão orienta que os dados informados sejam compatíveis com a realidade das propriedades, incluindo a quantidade de animais, nascimentos, mortes e demais alterações no rebanho. A atualização deve ser feita duas vezes por ano: entre maio e junho, e novamente entre novembro e dezembro.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
De acordo com Denise Toledo, gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, a declaração é fundamental para o planejamento de ações sanitárias em Goiás. “Com dados atualizados, conseguimos agir com rapidez diante de qualquer ocorrência e fortalecer as medidas de defesa agropecuária no Estado”, afirma.
Simultaneamente ao início da declaração, tem início também, em 1º de maio, a última campanha obrigatória de vacinação contra a raiva dos herbívoros em Goiás. A vacinação será realizada até 15 de junho em 119 municípios classificados como de alto risco para a doença. Devem ser vacinados animais de todas as idades das espécies bovina, bubalina, equídea (cavalos, muares e jumentos), caprina e ovina.
Essa campanha segue as diretrizes da mesma Portaria nº 246/2025. Após esta etapa, a vacinação deixará de ser obrigatória e passará a ser estratégica, conforme estabelecido pela Instrução Normativa nº 01/2025. A partir de julho, a vacina só será exigida em propriedades com foco confirmado de raiva e recomendada em áreas no entorno, num raio de até 12 quilômetros.
As vacinas devem ser adquiridas entre os dias 29 de abril e 15 de junho em revendas autorizadas pela Agrodefesa. Esses estabelecimentos têm a obrigação de manter o controle informatizado do estoque no Sidago e garantir o armazenamento correto dos imunizantes. O diretor de Defesa Agropecuária, Rafael Vieira, reforça que a fiscalização será realizada semanalmente. “O não cumprimento das exigências pode resultar em penalidades previstas em lei”, alerta. Em caso de aquisição fora do estado, é obrigatória a apresentação da nota fiscal eletrônica.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destaca que os pecuaristas goianos já estão familiarizados com os prazos, mas ressalta a importância de reforçar as informações como parte da educação sanitária. “Goiás é referência na pecuária nacional graças ao comprometimento dos produtores e à atuação eficaz da defesa agropecuária. Cumprir os calendários é essencial para manter a sanidade animal no estado”, afirma.
Em caso de dúvidas sobre a vacinação ou sobre a declaração de rebanho, os produtores podem buscar apoio nas unidades locais da Agrodefesa ou entrar em contato pelo telefone (62) 3201-6724.