Goiás deverá acabar com vacinação contra febre aftosa em 2021

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) divulgou na última quinta feira (06) o plano estratégico para a retirada da vacinação contra a febre aftosa em todo o Brasil. O anúncio ocorreu em Pirenópolis (GO) durante reunião da comissão sul-americana para luta contra febre aftosa (Cosalfa).
De acordo com este plano do governo, o Brasil deve remover a vacinação até 2021 e ser reconhecido como país livre da doença sem vacinação até 2023. A retirada da vacina acontecerá em etapas e deve começar em maio do ano que vem. Entretanto, antes disso, a comunidade internacional deve reconhecer como livre de aftosa com vacinação os três últimos estados brasileiros que ainda não possuem tal certificação: Roraima, Amapá e Amazonas.
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Para que a retirada da vacina ocorra de forma satisfatória, os governos estaduais deverão reforçar os investimentos nos órgãos de defesa, de acordo com o MAPA. Dessa forma, incluem neste processo a capacitação de profissionais, além de inquéritos soroepidemiológicos. Outra mudança ocorrerá na própria vacina, que terá sua dose diminuída e também a retirada das cepas iniciais do vírus da aftosa para que a indústria possa ir se adaptando.
Ainda segundo o plano estratégico do governo, o país será dividido em cinco blocos e a retirada da vacinação ocorrerá inicialmente nas regiões de menor risco. Assim, o primeiro bloco será composto por Acre e Rondônia e terá a vacina removida em 2019 e reconhecimento internacional de área livre de aftosa sem vacinação em 2021. O bloco 2 terá os estados do Amazonas, Pará, Roraima e Amapá e a retirada será em 2020 com reconhecimento internacional em 2022. Já o terceiro bloco será composto por Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas e a retirada da vacina ocorrerá em 2020 com reconhecimento internacional em 2022. Por fim, no quarto e quinto blocos estarão Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Sergipe, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nestes dois últimos blocos a remoção se dará em 2021 e o reconhecimento internacional como área livre de aftosa sem vacinação acontecerá em 2023.
Rosana de Carvalho – Site PaNoRaMa
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