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As descargas elétricas comuns que vemos durante uma tempestade ocorrem entre as nuvens e o solo. Mas durante uma grande tempestade, outros tipos de descargas podem acontecer acima das nuvens. O “Sprite” como é chamado, pode atingir até 90Km de altitude, podendo assim ser observado a grandes distâncias por câmeras de alta sensibilidade.
A partir do Laboratório de Astronomia e Física Espacial de Jataí – LAFEJ, no Campus Jatobá da UFJ, equipamentos e experimentos monitoram o céu todas as noites do ano registrando diversos fenômenos atmosférico. Em conjunto com a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros – BRAMON, estações com câmeras de vídeo projetadas para o registro de meteoros, capturam quaisquer variações luminosas no céu.
Na sexta-feira 26/04/2019, uma segunda estação foi colocada em funcionamento e em seu primeiro dia de testes, registrou Sprites sobre uma tempestade a mais de 500Km de distância. Há dois anos, pesquisadores e alunos envolvidos no experimento, aguardavam um fenômeno desta natureza.
Um Sprite dura apenas 17ms (dezessete milissegundos) e ocorre no limite do espectro visível, ou seja, é praticamente indetectável pelo olho humano. Somente nos últimos anos com o avanço dos sensores das câmeras digitais, o registro de Sprites em vídeo tem sido a base principal dos estudos científicos que buscam entender o fenômeno.
A tempestade que ocasionou o fenômeno aconteceu na divisa entre os estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, a cerca de 200 km de Maringá – PA. O jato vermelho que alcançou 60 km de altitude foi registrado às 21h26min horário de Brasília. As distâncias entre a base da LAFEJ e o fenômeno e sua altitude, foram efetuadas pela equipe da BRAMON.
As estações de monitoramento do laboratório compõem um projeto de iniciação científica da UFJ, iniciativa dos alunos Phablo de Araújo (Física) e Fabiana Ribeiro (Química) sob coordenação do Prof. Dr. Maurício Bolzam (Fìsica).
Fonte: Laboratório de Física Espacial de Jataí