
Por Nalanda Gabrielle, do Portal Pn7
Foto: Tiago Araújo – Portal Pn7
O TikTok e o Instagram impulsionam diariamente novos desafios fitness, que prometem transformar o corpo de maneira rápida e eficaz. No entanto, a personal trainer Samara Savi, especialista em treinamento feminino, alerta que muitos desses exercícios podem ser enganosos e até prejudiciais.
“Nem todo exercício viral é ineficaz, mas muitos exageram na promessa de resultados rápidos. A falta de explicação ou de indicação do público pode gerar transtornos. Alguns treinos podem não ser ideais para iniciantes ou para quem tem limitações físicas”, explica Samara.
Segundo a especialista, um dos principais problemas desses desafios é a ausência de acompanhamento profissional. “Alguns movimentos podem gerar um excesso de impacto e sobrecarregar articulações, aumentando o risco de lesões. Muitas vezes, as pessoas tentam reproduzir o que veem sem considerar sua capacidade física ou se aquele treino é adequado para seu corpo”, destaca.
Estudos publicados pelo Journal of Strength and Conditioning Research apontam que treinos sem controle de carga e orientação podem elevar em até 30% o risco de lesões musculoesqueléticas. Além disso, o American College of Sports Medicine (ACSM) reforça que métodos que prometem resultados rápidos sem um planejamento adequado tendem a gerar frustração e desmotivação.
Para Samara, muitos desafios priorizam a estética em detrimento da eficiência do treino. “Na maioria dos casos, o foco está apenas na aparência, e isso pode levar à frustração. Quando os resultados não aparecem tão rápido quanto o prometido, muitas pessoas acabam desistindo, acreditando que o problema está nelas, quando, na verdade, o treino é que não era adequado”, pontua.
Diante desse cenário, a personal trainer recomenda cautela. “Vale a pena testar? Depende do exercício. Alguns podem ser boas adições a um treino equilibrado, enquanto outros são apenas entretenimento e podem até ser prejudiciais. O ideal é sempre consultar um profissional de educação física antes de aderir a modismos”, conclui.