Alunos e servidores da educação da rede estadual têm realizado atos em apoio aos professores que ainda não receberam o salário relativo ao mês de dezembro. Além disso, solicitam a volta do vale-alimentação aos profissionais. Nesta segunda-feira (11), unidades de ensino de cidades goianas como Jataí (Cepi José Feliciano Ferreira), Luziânia, além da capital, fizeram protestos. Inclusive unidades de ensino militar se mobilizaram pela causa.
O Colégio Militar Hugo de Carvalho Ramos é um dos que aderiram à mobilização em Goiânia. Essa atitude dos servidores chama atenção, já que funcionários de instituições de ensino de cunho militar são proibidos de realizar protestos. O professor Guilherme Siqueira explica que o ato foi organizado pelos alunos sem o conhecimento prévio dos funcionários da instituição.
“A mobilização foi de um estudante e nós professores não sabíamos da iniciativa. É um ato simbólico, mas de extrema importância visto que isso nunca aconteceu em colégios da Polícia Militar”, explica. “Contudo, resolvemos apoiá-los pois foi por uma causa nobre”, conta o professor do colégio. O ato foi pelo pagamento não só de professores, mas também de militares e de todo o funcionarismo público estadual.
A negociação do Estado com os representantes dos servidores da educação foi de realizar pagamento nesta segunda-feira aos que possuem salários na faixa de R$ 3.6000,00. Na próxima sexta-feira (15) o assunto de negociação será o vale-refeição dos funcionários. “Quanto aos aposentados da educação, estes ficaram no grupo de servidores que terão o salário parcelado a partir de março, o que tem gerado insatisfação aos mesmos”, disse o professor Thiago Martins, coordenador do grupo Mobiliza Goiás.
A Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce) informou que mais uma parcela de funcionários, que recebem entre R$ 2.760,01 e R$ 3.574, já foi paga na tarde desta segunda-feira. “O governo está trabalhando para que o pagamento seja realizado de forma integral a todos os servidores”, pontuou a secretaria.