Talvez a primeira impressão que venha à cabeça é de uma visita ao jardim de infância, mas saiba que a invasão de colares de miçanga e das smiley faces (aquelas carinhas sorridentes) é uma estética valorizadíssima no momento. Não é exatamente novo – e é bem provável que você se lembre desse estilo popular nos anos 1990 –, porém agora ele está de volta e ganhou o nome de kidcore.
Os responsáveis por recuperar a tendência são os jovens da geração Z (nascida entre 1995 e 2010) e a motivação é uma onda nostálgica impulsionada especialmente pela pandemia. O meio em que ela bombou, contudo, não tem nada de antigo. Foi pelo aplicativo TikTok que os conteúdos com dicas de como adotar o estilo, embalados por música, viralizaram.
Quem se beneficiou com o sucesso da estética kidcore foram as pequenas marcas. A inglesa Fluffly viu suas peças de tricô esgotarem após as integrantes da banda de K-pop (ritmo surgido na Coréia do Sul) Blackpink usarem suas peças no clipe da música Ice Cream. A estilista da Irlanda do Norte, Hope Macaulay, de 24 anos, ganhou notoriedade quando seus maxi-tricôs foram escolhidos pelas irmãs Gigi e Bella Hadid e por Bruna Marquezine. No Brasil, fique de olho nos acessórios da Lulux (@luluxstudio), Sante (@santeacessorios) e Beads (@beads.online).
Surfando nessa onda, etiquetas como Carolina Herrera, Dior, Coach, Miu Miu, Stella McCartney e Moschino também lançaram recentemente coleções com elementos inspirados na estética kidcore, provando que a tendência está atingindo novos públicos, de diversas idades e potencial financeiro.
O movimento nostálgico que alavancou o kidcore faz todo sentido nos tempos turbulentos que vivemos. Fica o desejo para que a moda sirva como um respiro reconfortante, afinal, é essencial se divertir e carregar um pouco de leveza, como ensinam as crianças.
Por Barbara Cestaro
Foto capa: Divulgação
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