12 de dezembro de 2024
Ruído branco, rosa e marrom mascaram sons externos e ajudam na concentração e relaxamento do cérebro. Psicóloga explica como eles funcionam.

Os ruídos ambientes têm ganhado cada vez mais popularidade ao auxiliar na concentração, reduzir o estresse e proporcionar melhores noites de sono. Esses sons geralmente são classificados como ruídos brancos, marrom e rosa. Mas qual é o impacto deles no cérebro?

Em entrevista ao Daily Mail, a psicóloga Nilli Lavie, que é professora na University College London, no Reino Unido, explica os diferentes efeitos dos barulhos nas funções cerebrais.

Ruído branco

O ruído branco é o mais conhecido entre os sons ambientes, e recebe o nome devido ao espectro branco da luz quando todas as frequências estão em um único feixe. O barulho proporciona um som familiar, semelhante ao de um secador de cabelo.

A professora Nillie explica que alguns estudos revelam melhora da atenção com esse tipo de som, especialmente em pessoas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

“Como o ruído branco contém todas as frequências do som misturadas, ele ajuda a camuflar muito bem os sons periféricos. A atenção é melhor quando não há uma distração que capture a atenção, e o barulho ajuda a desligá-los”, explica.

Ruído rosa

Assim como o branco, o ruído rosa contém todas as frequências detectáveis ​​pelo ouvido humano. A diferença é que as frequências mais altas são atenuadas, mascarando barulhos de alta frequência, como alarmes de carro.

“Esse tipo de barulho altera a quantidade de energia sonora – de maneira simples, a intensidade do volume – inversamente à frequência. Portanto, faz com que os sons de frequência mais alta pareçam mais silenciosos”, ensina a professora.

Para a especialista, o ruído rosa é interessante, embora não existam tantas pesquisas sólidas em comparação ao branco.

“Ele pode soar mais agradável para algumas pessoas do que o ruído branco devido a esse amortecimento das frequências mais altas. E pode valer a pena tentar se você sabe que deseja especificamente mascarar sons mais agudos”, recomenda Nillie.

Ruído marrom

A popularidade do ruído marrom é mais recente do que as outras, e ela foi “batizada” com o nome em homenagem a Robert Brown (marrom, em inglês), um botânico escocês. Em 1827, ele foi o primeiro a observar em um microscópio o movimento aleatório feito por grãos de pólen suspensos na água.

O ruído marrom imita essa oscilação, com sinais sonoros que mudam aleatoriamente e produzem uma impressão geral de estática, similar ao som de uma televisão antiga sem sinal.

“O barulho marrom é como o rosa exagerado. Então, enquanto o rosa reduz a intensidade das altas frequências para torná-las mais silenciosas, o marrom faz isso de uma forma mais extrema. A impressão que sobra é de estarmos escutando apenas as frequências baixas, como notas graves pesadas”, diz a professora.

Por Eline Sandes
Foto: MyMob/Reprodução
Jornalismo Portal Panorama
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