

Quem já teve a infelicidade de sofrer com a morte de um bichinho de estimação em Jataí sabe que, além da tristeza, precisa-se lidar com a dor de cabeça que é descobrir como lidar com o corpo do animal.
Preocupados com essa situação, alguns cidadãos jataienses levantaram o tema nas redes sociais e sugeriram ao Poder Público Municipal a criação de um cemitério para animais em Jataí.
O Portal Panorama consultou uma especialista do ramo, Lilian Stulzer, para nos dizer um pouco mais sobre as características desse empreendimento.
Lilian é bióloga e atua com resgate e bem estar de animais silvestres na Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Urbanos no município de Jataí.
Como funciona o enterro de animais hoje em Jataí?
Segundo Lilian, a maioria dos animais que morrem em Jataí são recolhidos na rua ou os próprios tutores descartam no lixo, esses são encaminhados para o aterro sanitário da cidade.
Já os que ficam nas clínicas veterinárias, são recolhidos por empresas especializadas que fazem incineração, e, para tal, cobram taxa extra dos tutores.
Outra prática comum é os tutores enterrarem o animal no próprio quintal, fazenda ou terreno.
O que mudaria com o advento de um cemitério próprio para animais na cidade?
“Um cemitério próprio para os animais traria um conforto para os tutores, além de contribuir para a não contaminação do solo e a propagação de diversas doenças, uma vez que quando entra em decomposição o corpo dos animais pode liberar substâncias tóxicas no solo”, explica Lilian.
Essa ideia, portanto, além de possuir uma nuance sentimental, tem também um relevante caráter ecológico e de saúde pública.
Esse serviço seria gratuito?
Lilian explica que dificilmente o serviço seria totalmente gratuito. “Não consigo afirmar que deveria ser gratuito uma vez que envolve custos para a manutenção de um local assim. Cemitérios para seres humanos trabalha vendendo os terrenos, acredito que funcionaria no mesmo sentido”, elenca a bióloga.
Larissa Pedriel
Foto Capa: Internet
Jornalismo Portal Panorama
panorama.not.br