Em Jataí, dois produtores rurais são condenados pela Justiça Federal por trabalho escravo

Em Jataí, dois produtores rurais são condenados pela Justiça Federal por trabalho escravo

Em ação do Ministério Público Federal em Rio Verde (MPF/GO), os produtores rurais Oscar Antônio Rossato e Ivandro Carlos Popik foram condenados pelos crimes de trabalho escravo e falsificação de documento público. A sentença foi proferida pela Vara Única da Justiça Federal em Jataí (processo nº 0001688-93.2014.4.01.3507).

De acordo com a denúncia do MPF/GO, em 2012 os dois fazendeiros eram responsáveis por uma plantação de cabaças na Fazenda Rio Claro, no município de Jataí, sendo Oscar o arrendatário da terra e Ivandro o responsável pela produção e mantinham no local 17 pessoas em condições análogas à escravidão. As vítimas eram mantidas em condições degradantes e indignas de sobrevivência, como por exemplo, alojamento inadequado, convivência promíscua entre homens, mulheres e crianças sem vínculo familiar, falta de instalações sanitárias adequadas, falta de água potável e de alimentação suficiente, falta de equipamentos de proteção individual, entre outros pontos analisados pelo autor da denúncia, o procurador da República Otávio Balestra Neto.

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Além disso, os produtores negligenciaram informações e direitos trabalhistas importantes nas carteiras de trabalho dos funcionários, como o nome do segurado, dados pessoais, remuneração e vigência do contrato de trabalho.

Dessa maneira, o juiz federal Eduardo de Melo Gama em sua decisão, condenou Oscar Rossato a nove anos de reclusão, com cumprimento inicial da pena em regime fechado e ao pagamento de 350 dias-multas, sendo cinco salários mínimos da época dos fatos para cada dia-multa, totalizando cerca de R$ 1 milhão. Ivandro Popik foi condenado a seis anos de reclusão, com cumprimento inicial da pena em regime semiaberto e pagamento de 230 dias-multa, sendo 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo da época para cada dia-multa, totalizando por volta de R$ 4,8 mil.

Ambos ainda poderão recorrer em liberdade.

Rosana de Carvalho – Site PaNoRaMa

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Rosana de Carvalho

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