
Professores e técnicos-administrativos da Universidade Federal de Jataí (UFJ) se reuniram na tarde de sexta-feira (27/04), Campus Jatobá, com o reitor da UFG, Edward Madureira, e o diretor da Regional Jataí Alessandro Martins para falar sobre o processo de implantação da UFJ. O diretor para Assuntos Interinstitucionais do Adufg-Sindicato, Luís Contim, abriu a reunião compartilhando com os presentes as discussões do evento Mais Sindicato, que ocorreu no dia 18 de abril.
Segundo Contim, vários professores protestaram sobre a falta de informações e de transparência no processo de implantação da UFJ. “Os professores reclamaram que não estavam sendo oficialmente informados sobre o processo, as notícias vinham somente de conversas informais, que reuniões estavam sendo realizadas pelo “grupo gestor” mas sem a participação da comunidade”, afirmou Contim. Por conta disso, os professores solicitaram que o Adufg-Sindicato intermediasse um diálogo com a gestão da UFG e da UFJ para divulgar mais informações à comunidade sobre o processo de implantação da nova universidade.
Com relação à implantação da UFJ, o reitor reconheceu que poderia ter ocorrido falhas de comunicação e que as informações não teriam sido devidamente repassadas à comunidade, mas que isso não significava falta de transparência. Afirmou que foi realizado um evento entre ele e a comunidade da UFJ, que o convite teria sido feito aos chefes das unidades e que ele esperava que os chefes das unidades tivessem estendido o convite aos docentes, técnicos e discentes de suas unidades, o que foi contestado por uma professora, pois em sua unidade ninguém foi convidado para a reunião, nem ela na condição de coordenadora de curso ficou sabendo da reunião.
Edward afirmou que acompanhou o processo no Ministério da Educação e Cultura (MEC) e sugeriu que a UFG fosse a tutora da UFJ e da UFCat. De acordo com Edward, com a UFG como tutora, o processo de implantação da UFJ seria mais simples e rápido, em torno de dois anos, e ele poderia inclusive indicar alguns nomes para pró-reitorias na UFJ. Além disso, o reitor sugeriu ao Ministério que os atuais diretores de Jataí e Catalão fossem indicados como reitores pro tempore por terem sido eleitos pela comunidade e estarem a par da realidade das novas instituições. Segundo Edward, tudo indica que a UFG será a tutora da UFJ e da UFCat e que a minuta do “termo de tutoria” já se encontrava com ele para revisão. Sobre a reitoria pro tempore, o reitor afirmou que não haveria indicação direta pelo MEC, mas que seria constituído um “Comitê de Busca” por meio de um edital em que os professores interessados poderiam se candidatar.
O professor Luis Contim relembrou aos presentes que outra questão levantada pelos professores na reunião com o Adufg-Sindicato era sobre a composição da “Comissão de Implantação da UFJ”, principalmente se os diversos setores da universidade seriam representados. O reitor disse que esta comissão seria nomeada pelo MEC, mas ele espera que a composição desta comissão seja discutida com a comunidade acadêmica. O reitor disse também que não há mais informações disponíveis pelo MEC e que a reitoria da UFG estaria à disposição da comunidade da UFJ para maiores esclarecimentos.
O diretor da antiga Regional Jataí, professor Alessandro Martins, ressaltou que estava tentando conduzir o processo de implantação da UFJ da melhor maneira possível, dentro da limitação de informações, e partilhou com todos a alegria de ser agora UFJ. Reafirmou a fala do reitor e que havia convidado os chefes de unidade para a reunião com o reitor e que esperava que tal convite fosse estendido a toda a unidade. Após a assinatura da lei surgiram muitas dúvidas que precisaram ser sanadas, e muitas dúvidas ainda persistem.
Os professores presentes externaram suas dúvidas quanto ao processo de implantação da universidade, desde a tutoria, a escolha do reitor pro tempore, o gerenciamento financeiro e a comissão de implantação. Os professores mostraram em suas falas uma grande preocupação com a participação da comunidade no processo de implantação da UFJ, considerando que muitos docentes tem uma rica experiência de vida universitária, inclusive trazendo várias experiências de outras universidades consolidadas no Brasil e no exterior.
Fonte: Adufg Sindicato
Foto Capa: Vânia Santana
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