
Por Nalanda Gabrielle, do Portal Pn7
Em vista do Dia Mundial de Combate ao Colesterol, que será celebrado em 8 de agosto, o cardiologista e diretor-geral do Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho (HEJ), Juliano Rocha, destaca a importância da conscientização sobre os riscos do colesterol alto, um dos principais fatores para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“As doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no Brasil”, afirma Rocha. “Dados do Ministério da Saúde apontam que são, em média, 300 mil mortes anuais em decorrência dessas doenças, e uma grande parte da população brasileira tem o colesterol elevado.” O cardiologista ressalta que muitos desses casos estão ligados aos hábitos e ao estilo de vida da população. “A principal forma de prevenir doenças cardiovasculares é tratar seus fatores de risco, entre eles, o colesterol alto, a hipertensão arterial e o diabetes.”
Rocha esclarece que nem todo colesterol é prejudicial. “Na verdade, ele é primordial para o funcionamento do corpo humano, auxiliando na formação de hormônios e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras da alimentação. Entretanto, valores elevados, acima dos níveis preconizados, podem trazer prejuízos à saúde.”
O médico sublinha a importância de manter as taxas de colesterol regulares. “Quando em desequilíbrio no organismo, o colesterol torna-se um fator de risco vascular, aumentando a incidência de AVC, morte súbita e doença coronariana.” Ele alerta que níveis elevados de colesterol ou gorduras no sangue podem levar à formação de placas de gordura nas artérias, obstruindo o fluxo sanguíneo para o coração e o cérebro. “As dislipidemias podem surgir devido a fatores genéticos ou podem ser causadas por uso de substâncias, outras doenças como o diabetes, e até mesmo pelo estilo de vida sedentário e o consumo excessivo de alimentos gordurosos.”
Sintomas como cansaço, dor de cabeça, falta de ar, dor no peito e palpitações podem indicar doenças cardiovasculares relacionadas a altos níveis de colesterol. Rocha recomenda que, ao identificar esses sintomas, a pessoa procure uma unidade básica de saúde para avaliação médica. “Somente por meio de consultas e exames, o paciente recebe o acompanhamento adequado para o tratamento do colesterol alto, reduzindo assim o risco de eventos cardiovasculares e mortalidade.”
Juliano Rocha enfatiza que, mesmo com acompanhamento médico, o paciente com colesterol alto precisa adotar mudanças no estilo de vida. “É preciso mudar os hábitos, adotar uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e eliminar o tabagismo. O colesterol alto precisa ser tratado pelo resto da vida”, conclui.