
O Dia Global do Empreendedorismo Feminino foi criado pelas Nações Unidas (ONU) no ano de 2014, com o objetivo de promover a equidade de gênero no mundo dos negócios e dar visibilidade às mulheres que criam e se dedicam aos seus próprios negócios.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o percentual de domicílios brasileiros comandados por mulheres saltou de 25%, em 1995, para 45% em 2018. Mesmo assim, os desafios para a equidade de gênero no mundo dos negócios ainda são muitos.
Muitas mulheres têm que se desdobrar em várias para dar conta da família, da casa e, simultaneamente, dos negócios. Algumas começam a empreender simplesmente para terem mais liberdade, mas não é difícil encontrar várias que, após descobrirem o mundo empreendedor por necessidade, se tornaram empresárias de referência.
Em alusão à esse dia, vamos conhecer três mulheres que desafiam o mundo corporativo e garantem seu espaço no mercado.
Trilhando novos caminhos
“Com dedicação e persistência a recompensa virá.” Francielly
A jovem Francielly Martins Macedo, de 26 anos, começou a trabalhar com vendas aos 15 anos e sempre gostou da área. Atuou no varejo, como gerente comercial, mas no início de 2021 começou a pensar em trilhar novos caminhos.
Quando conheceu Raquel, sua atual sócia, a Fran, que estava morando fora de Jataí, decidiu voltar para sua cidade natal e abrir seu próprio negócio. “Após alguns encontros, análises e estudos resolvemos embarcar nesse mundo do empreendedorismo até então desconhecido para mim”, lembra a empreendedora.
Em julho de 2021 a Francielly, ao lado de sua sócia, inaugurou uma clínica especializada em depilação a laser, com os recursos mais modernos do mercado
“Você mulher que quer empreender, não desista! Vai ser difícil no começo, empreender não é um caminho em linha reta, mas com dedicação e persistência a recompensa virá“.
Empreendedora desde a adolescência
“Empreender é o que me impulsiona, acredito no poder de criação e na capacidade de deenvolver o novo nicho.” Ana Luiza
A farmacêutica Ana Luiza Ferreira Moraes Barbosa, de 43 anos, começou a empreender aos 13 anos, fazendo e vendendo acessórios de cabelo para as colegas de colégio. Aos 16 anos fazia bombons e durante a faculdade vendia semi-jóias. Assim que se formou, a Aninha, como é conhecida pelos amigos e colaboradores, abriu a sua primeira farmácia de manipulação, em 2008.
Para a empresária, a maior dificuldade para empreender está na burocracia e nas altas cargas tributárias impostas aos empresários. “A minha dica para quem quer empreender é estude, e estude muito, sobre o seu produto ou negócio e tenha em mente que você vai trabalhar muito mais. E a recompensa do sonho realizado vale cada dificuldade, cada desafio vencido e as noites que você ficou planejando seu empreendimento”, destaca a empreendedora.
De mulher para mulheres
“Eu sempre tive mente empreendedora, tudo eu visualizava um negócio grande e escalável, hoje vivo isso no meu negócio e é incrível.” Carla
Carla Lino, 40 anos, mãe de 3 filhos, não poupou esforços para alcançar o seu sonho de se tornar empreendedora. A cabeleireira se especializou em cuidados com os cabelos cacheados após viver experiências ao lidar com seus próprios cabelos e das filhas. Ela enxergou um nicho promissor nessa área e investiu em cursos, treinamentos e bons produtos e hoje ajuda mulheres com autoestima e autocuidado.
“Já percebi indiferença, mas isso nunca me impediu de empreender. Não foco nas dificuldades e sim no meu desempenho e isso só depende de mim”, destaca a cabeleireira sobre as dificuldades de ser mulher empreendedora.
Em geral as mulheres empreendedoras vivem desafios diários para conciliar o trabalho e a vida doméstica, mas para Carla, nenhuma limitação é suficiente para impedir uma mulher que realmente quer: “Sou a prova viva disso. Se você realmente quer, tenha metas, curta o processo, seja focada e tenha constância (todos os dias)“, afirma.
Por Estael Lima
Fotos: Acervo Pessoal
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