Foto: Vânia Santana

Em nota, a instituição, a qual a UFJ ainda integra, afirma que não tem condições de continuar caso o bloqueio do orçamento feito pelo Ministério da Educação seja mantido

Semestre acabando para os estudantes goianos, e a expectativa para o próximo período está cada vez mais nebulosa.

A Universidade Federal de Goiás, a qual a UFJ ainda integra, anunciou ontem (10) em seu site oficial, que caso o bloqueio do orçamento feito pelo Ministério da Educação (MEC) seja mantido, todas as atividades da instituição serão paralisadas.

A despeito da mobilização estudantil, e também de diversos setores da sociedade, a favor da educação pública, os cortes foram mantidos.

A UFG chegou ao fim desse semestre “com severas dificuldades para a manutenção das atividades meio”, como contratações e aquisições. A retenção de 30% do orçamento causou um impacto gigantesco, e o esforço tem sido no sentido de manter as atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Mas não por muito tempo. Para o próximo semestre, estariam reservados R$ 39 milhões, metade do orçamento anual previsto em Lei para a UFG. Desse valor, aproximadamente R$ 27 milhões estão bloqueados pelo MEC, sem qualquer sinalização de desbloqueio.

Isso representa um déficit de 69% do orçamento previsto para o pagamento de despesas essenciais, como água, energia e limpeza, além do pagamento de bolsas de ensino, pesquisa e extensão.

Assim, a instituição finaliza a nota com uma mensagem preocupante: “Considerando que o orçamento disponível (não bloqueado) não será suficiente para custear as despesas da instituição até o final do ano, novas medidas de racionamento e redução de serviços estão sendo analisadas e implementadas.

A Reitoria da UFG, de forma articulada com as demais universidades federais, com a Andifes e com entidades da sociedade civil e parlamentares, intensificará as ações junto ao Governo Federal para reverter esse quadro.

Caso o bloqueio do orçamento persista, a UFG não terá como evitar a paralisação total de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, acarretando graves prejuízos à comunidade acadêmica e, consequentemente, à sociedade.”

Larissa Pedriel
Foto Capa: Vânia Santana
Jornalismo Portal Panorama
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