A castanha-do-brasil, também conhecida como castanha-do-pará, é um fruto nativo da Amazônia e rico em selênio. Se consumida na quantidade correta, a castanha diminui o risco para a Doença de Alzheimer (leia mais abaixo).
Nesta semana, o podcast De onde vem o que eu como detalha quais são os cuidados necessários para evitar contaminações por fungos após a colheita.
A pesquisadora Bárbara Cardoso explica que, no Brasil, a população tem uma alta deficiência nutricional em selênio.
O selênio é um mineral essencial ao corpo humano, porque combate o envelhecimento das células e previne contra doenças.
Segundo a pesquisadora, duas castanhas-do-brasil por dia ajudam a combater a deficiência nutricional de selênio e a diminuir o risco para a Doença de Alzheimer.
A gente fez um estudo e viu que os pacientes com Doença de Alzheimer eram muito mais deficientes em selênio do que os indivíduos saudáveis (…). A deficiência de selênio aumenta o risco para essa doença, então melhorar a deficiência nutricional ajuda a diminuir esse risco”, afirma a pesquisadora.
Em excesso no organismo, o selênio pode levar ao diabetes por provocar uma resistência à insulina.
Dicas ao comprar:
- Prefira as castanhas que estiverem dentro da casca, porque elas ficam mais protegidas;
- Se escolher a castanha sem a casca, opte pelas embalagens fechadas a vácuo;
- Procedência: veja se a embalagem tem o nome da empresa e a data de validade;
- Se a castanha estiver com uma camada esbranquiçada, aveludada, não coma. Pode ser fungo.
Depois de comprar, a pesquisadora Bárbara Cardoso orienta a guardar as castanhas-do-brasil na geladeira, de preferência em um recipiente que proteja o alimento da luz.
“A luz e as altas temperaturas alteram as características nutricionais deste alimento e também o sabor. A castanha pode ficar com o sabor rançoso”, completa.
Por Carol Lorencetti, g1
Foto: Rafael Rocha/ Embrapa
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