
Colunista: Jackelyne Dutra – CRMV-GO 05767
Colunista: Jackelyne Dutra – CRMV-GO 05767
Define-se convulsão como uma atividade anormal do cérebro, desencadeada por um grupo de neurônios com descargas elétricas alteradas, as quais fazem o cão/gato ficar descontrolado, começando a salivar. O animal perde a coordenação motora, cai com as pernas esticadas e com tremores, pode urinar, defecar e se debater durante a crise. As crises convulsivas podem ter várias intensidades e duração, e podem também se repetir com frequência que geralmente é um sinal de epilepsia, a qual é hereditária. Existem algumas raças de cães que são mais predispostas a certas alterações neurológicas como: Beagle, Pastor Alemão, São Bernardo, Collie, Golden Retriever, Poodle, Husky Siberiano, Cocker Spaniel, Labrador, Setter Irlandês, Pastor Belga, Teckel e Pit Bull são algumas das raças com maior tendência a desenvolver esse tipo de problema ao longo da vida. Mas as causas de convulsão podem ser variadas, e podem ser doenças hereditárias (como a epilepsia), doenças infecciosas, doenças traumáticas, degenerativas, vasculares e intoxicações.
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Tanto cães quanto gatos podem apresentar alterações neurológicas e as dicas dadas aqui servem para ambos durante a crise. A convulsão em gatos acontece mais em casos de envenenamento e doenças do que por status epilético, no entanto ela pode ocorrer.
A experiência de ver o animal se convulsionando pode ser muito traumática para o proprietário, mas é preciso manter a calma, retirar o animal de um local em que possa se machucar com objetos e deixar o ambiente silencioso e o mais escuro possível. Se possível, mantenha o ambiente frio, pois a crise superaquece o corpo do animal. Não há muito o que se fazer em casos de convulsões, pois não tem como impedir esse processo quando se inicia. Nas crises convulsivas o animal tende a ficar bastante confuso por algum tempo e pode até mesmo não reconhecer seu próprio dono. Não aproxime os dedos da boca do cão. Existe um mito que durante a convulsão o animal possa engolir a língua, porém isso não é verdade. Você deve colocar o animal em decúbito lateral (de lado) para que o próprio não aspire sua saliva ou vomito.
Afastar outros animais e crianças, pois o cão ou gato pode ficar agressivo já que a crise convulsiva dificilmente pode ser prevista. Entretanto, ela pode ser controlada por medicamentos prescritos pelo médico veterinário. Por isso é muito importante que o proprietário mantenha um registro de duração da convulsão e de uma crise para outra, caso houver mais. Observar também o momento da crise, por exemplo: após comer, após barulho, após uma briga com outros cães, após um tombo… O histórico é muito importante para que o veterinário feche o diagnóstico correto.
Se o animal tiver uma crise isolada, trata-se apenas o episódio, mas se o problema se repetir com frequência pode ser um sinal de epilepsia. Aí é preciso investigar a causa e fazer um tratamento, talvez até por toda a vida. Com medicação é possível ter uma vida normal.
Após a crise convulsiva, tentar acalmar o animal passando a mão em seu dorso, conversando com ele, ajuda bastante o animal a voltar a consciência. Mas se o animal for um gato o ideal é fazer o máximo de silêncio, evitar estimulações, deixar ele se recuperar sozinho, pois pode deixá-los mais estressados.
São vários os problemas neurológicos que podem acometer a saúde de um pet, e isso só é diagnosticado através de testes, exames e anamnese, os quais podem ser tratados ou controlados por um médico veterinário após o diagnóstico. Animais especiais requerem cuidados redobrados e merecem mais paciência, cuidados e amor ainda. Não abandone seu animal especial. Se chegou até você, cuide!
Colunista: Jackelyne Dutra – CRMV-GO 05767
Revisão: Rosana de Carvalho
Foto Capa: Vânia Santana
Jornalismo Portal Panorama
Make Up: Salão Evolution Anderson
Agradecimento: Animalia Pet Shop
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