Coronavirus

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Os pesquisadores iniciaram nessa quinta-feira a segunda parte do estudo...

Um consórcio internacional formado por 20 países já dará início à segunda fase da pesquisa que estuda o comportamento e as condições de vida da população durante os períodos de distanciamento social para conter a disseminação do novo coronavírus. O International Citizen Project Covid-19 (ICPCovid) é liderado pelo Prof. Dr. Robert Colebunders, da Universidade de Antuérpia, na Bélgica. A pesquisa é coordenada no Brasil pela epidemiologista Edlaine Faria de Moura Villela, professora da Universidade Federal de Jataí (UFJ).

A segunda fase do estudo iniciou nessa quinta-feira, dia 23 de abril e segue até o dia 25. O questionário é simples e rápido, e apresentará novas questões muito importantes. Todos podem participar, independente de terem participado ou não da primeira fase.

Resultados preliminares

A primeira fase da pesquisa obteve mais de 25.000 questionários respondidos online no início do mês de abril e traz uma perspectiva bastante interessante sobre o impacto do distanciamento social na vida dos brasileiros.

“Tivemos a participação de pessoas de todos os estados brasileiros, sendo que os quatro estados com maior participação foram São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. 54% dos participantes moram em área central da cidade, mas contamos com a participação de moradores de área rural também”, afirma a professora Edlaine.

Do total de entrevistados, a idade média dos participantes foi de 47 anos, sendo a maioria, mulheres (72%). Com relação à atividade profissional, 70% dos participantes trabalham. Destes, 30% atuam no setor da saúde. O estudo tem mostrado que o isolamento tem sido respeitado pela maioria, pois mais de 60% passaram a trabalhar em casa diante da pandemia, o que pode ter contribuído para atrasar o pico do número de casos no Brasil. No entanto, 42% ainda tiveram contato físico com pessoas fora da sua casa há mais de uma semana.

As pessoas passaram a consumir alimentos mais saudáveis e mais vitaminas e sais minerais neste período. Mesmo diante de maiores cuidados, 18% delas teve sintomas gripais entre fim de março e início de abril. 17,3% apontaram que alguém que mora com ele/ela teve sintomas gripais nos últimos 7 dias. As medidas que chamaram atenção por terem pouca adesão foi o uso da máscara fácil para sair de casa e a mensuração da temperatura corporal toda semana.

“Um resultado que chamou nossa atenção é que a maioria das pessoas não estão preocupadas com a sua própria saúde, mas demonstram grande preocupação com a saúde de seus familiares e amigos”, destacou a coordenadora da pesquisa. Outro resultado que merece um olhar especial são os casos de violência dentro e fora de casa apontados no estudo.

Participe aqui: www.icpcovid.com/pt-br/country/brasil

 

Por Estael Lima
Foto capa: Internet
Jornalismo Portal Panorama
panorama.not.br

 

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