Foto: Arquivo Portal PaNoRaMa

Consultoria também avalia produção argentina e possível pressão por exportações mais volumosas dos Estados Unidos.

Os trabalhos de colheita da soja na temporada 21/22 atingiram na última semana 18,03% da área no Brasil, de acordo com a AgResource Brasil. De acordo com a consultoria, houve um avanço de 7,56 pontos percentuais em relação à semana anterior, quando a colheita estava em 10,47%.

Mato Grosso segue na liderança dos trabalhos de retirada da oleaginosa, com o Paraná no posto de segundo colocado. “O que temos visto nesta última semana é uma dificuldade na colheita por conta das chuvas. Agora, os agricultores aguardam um alívio dessas precipitações para voltarem a colher”, comenta o diretor da empresa, Raphael Mandarino.

A projeção para a produção de soja brasileira nesta temporada continua em 125,04 milhões de toneladas, um recuo de 18,65 milhões de toneladas, ou de 12,9%, em comparação com a estimativa inicial, de 143,69 milhões de toneladas, realizada em setembro de 2021.

Além do Brasil, a preocupação é com a quebra de safra de países como Argentina e Paraguai. A expectativa é que essa redução gere uma demanda maior pela soja norte-americana. Segundo Mandarino, essa relação deve ser de quase um para um, ou seja, o que a América do Sul deixar de exportar poderá se transformar em uma pressão por originação nos Estados Unidos, o que deve movimentar os preços para níveis acima dos atuais.

A AgResource Brasil estima uma produção argentina de soja abaixo de 41 milhões de toneladas, com possibilidade de reduções ainda maiores. “A análise das chuvas de novembro até agora foram decepcionantes. De acordo com nosso meteorologista parceiro, Scott Yuknis, da Climate Impact Company, essa tendência deve continuar nas próximas quatro semanas, período importante para a soja do país vizinho”, ressalta.

Visitas nas lavouras

AgResource informa também que iniciou na última segunda-feira (7), um crop tour em Mato Grosso. A expectativa é que a equipe passe por cidades como Rondonópolis, Primavera do Leste, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, entre outras.

“Estamos em Mato Grosso acompanhando de perto a real situação da colheita e o plantio da segunda safra de milho. Não podemos perder mais soja e o milho ‘safrinha’ tem que dar certo. A importância do Brasil no cenário mundial é gigantesca. Se a safra no Brasil quebra, o mundo perde. A torcida por uma produção recorde tem que ser global. A ‘Copa do Mundo’ do agro está acontecendo aqui e só há um time: a produção elevada. Problemas na safrinha de milho podem acontecer por conta do fenômeno La Niña, mas a torcida é que a produção seja boa”, finaliza Mandarino.

Fonte: Canal Rural
Foto: Arquivo – Portal Panorama
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